X CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EDUCERE - 2011 - POSTER
RETRATOS MEDIADOS E TUTORIADOS NUM FÓRUM SOBRE ENSAIOS DIALÓGICOS NA CIBERCULTURA.
HILU, Luciane -
PUCPR
MATOS, Elizete L. M. - PUCPR
Oliveira, Fabiane Lopes de - PUCPR
Rodrigues, Eliene Borba - PUCPR
Santos, Welington Tavares dos - PUCPR
SIEVERT, Genaldo Luis - SIEVERT, G.L. PUCPR
Thomacheski, Ermelina G. B. - PUCPR
Eixo Temático: Pôster: Comunicação e Tecnologia
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Este
ensaio integra a participação num fórum na disciplina de mestrado e doutorado
com alunos e professora após a indicação da leitura sobre o tema relacionado à
cibercultura. Uma produção interessante que retrata de maneira rica, espontânea e científica a dialógica no resultado deste ensaio. Aponta diversas opiniões diante do desafio deste cenário, o qual leva a alterações de comportamentos e posturas pedagógicas presenciais e online. Desta forma, retratamos e personificamos no pôster a
imagem, que é pessoal de cada participante, e ao mesmo tempo, algumas frases impactantes, que, num
ensaio escrito a 7
mentes pensantes,
retratam a unidade na diversidade. Interagindo, utilizando a mediação e a tutoria deste elenco que dialoga sobre a Cibercultura que, configurada nas suas diferentes
dinâmicas sócio-comunicacionais,
pode ser concebida na atual
Sociedade da Informação e Comunicação como portadora em diferentes segmentos. Estes, vistos por óticas que se
convergem, trocam e interagem idéias. As linhas do pensamento são fios tecidos a partir de
conexões e concepções tramadas no ciberespaço, nesta complexa ciranda dos
espaços online.
Neste momento em que as novas ferramentas eletrônicas são disponibilizadas
caberá aos futuros tutores e mediadores promover a sua
interação e a dos seus discentes ao contexto que ora se apresenta. É urgente
que os atuais professores e os que ao ensino anseiam integrar-se
a atualização e a permanente preocupação de com ética conduzir esta nova
modalidade de comunicação escolar. É urgente que não
somente os comunicadores dos processos educacionais se conscientizem do que
está a ocorrer na sociedade, as Instituições de Ensino mais que estes devem
promover mecanismos de apoio para que aqueles e a sociedade possam entender e consolidar as novas técnicas.
Palavras-chave: Cibercultura; Interação;
Conexão; Desafio; Mediação; Tutoria.
Introdução
Este documento traduz a ampla participação dos alunos da
disciplina de Mestrado e Doutorado em Educação, intitulada Mediação Pedagógica
e Tutoria Online, realizado entre os dias 11 e 14 de agosto de 2011. O
resultado foi motivado pela riqueza que as novas ferramentas surgidas com o
advento da Internet e que estão disponibilizadas para sociedade e seus diversos
segmentos irão proporcionar para que novas formas de ensinar sejam
proporcionadas aos docentes e discentes. Provavelmente muitos anos serão
necessários para que possamos verificar se os envolvidos, especificamente na área
de ensino, entenderam o propósito da utilização de novas mídias. Neste caso
específico a Cibercultura inserida no mundo da Educação poderá demandar a
necessidade pela inserção de novos profissionais, dispostos a romper as
barreiras paradigmáticas dos bancos escolares tradicionais. Com certeza novos
tempos com novos ciberprofessores, ciberinovadores, cibercorajosos.
Desenvolvimento
De acordo com Aranha (1995), ao
analisar os efeitos da Internet em sua totalidade aponta a uma breve reflexão
ou, se preferir, provocação para aguçar o pensamento,
pois como ele aponta no ciberespaço há uma replicação das diferentes
instituições sociais, presentes na contemporaneidade, estabelecendo dessa forma
uma analogia com o mundo, contudo, em uma dimensão paralela ao real, talvez, e afirmo com certa preocupação, o ponto principal nesse
contexto é a possibilidade de habitar um mundo perfeito, onde realidade,
desejos, sonhos e/ou fantasias estão de tal forma entrelaçados que, para
muitos, estar no mundo virtual é mais gratificante
que enfrentar o cotidiano de sua própria condição sócio-cultural.
O grande desafio para essa nova fase histórica é poder ser mais que usuário e também no mundo virtual, assumir uma postura autônoma, crítica e criativa, haja vista que o processo de virtualização do mundo real deverá ou pelo menos deveria, ao promover o encontro entre pessoas com sentimentos, desejos, emoções e vontades, contribuir no planejamento de ações capazes de transformar a realidade socio-política-cultural e econômica, ao invés de limitar-se a produzir simulacros do real.
O grande desafio para essa nova fase histórica é poder ser mais que usuário e também no mundo virtual, assumir uma postura autônoma, crítica e criativa, haja vista que o processo de virtualização do mundo real deverá ou pelo menos deveria, ao promover o encontro entre pessoas com sentimentos, desejos, emoções e vontades, contribuir no planejamento de ações capazes de transformar a realidade socio-política-cultural e econômica, ao invés de limitar-se a produzir simulacros do real.
Destaca-se uma frase que era
utilizada em uma divulgação de pneus: "potência sem controle não é
nada". Assim no ciberespaço o encantamento cruza as barreiras da razão e
às vezes há a necessidade de uma ferramenta que nos traga de volta.
Encontramos, hoje, inúmeras mensagens de estímulo para utilização das múltiplas
ferramentas eletrônicas, porém, deve haver por parte de todos os usuários um
cuidado com o que define a realidade e as ficções provocadas pela falta do olho no olho.
Assim, ainda o ensino presencial é mais potente nas relações
interpessoais, porém, as novas configurações no ciberespaço podem mudar a
história numa fração de um pequeno espaço de tempo.
A mediação pode ser vista como a
ferramenta que aproxima os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem
online.
Necessitamos entender isso como um meio humano poderoso cabendo aos envolvidos
(professores ou não) desenvolver a capacidade de motivar e fazer com que os
participantes sintam, mesmo à distância, a proximidade através da fala ou das
palavras escritas e enviadas eletronicamente.
Já se parou para pensar que estamos num momento
de divisor de águas? Estamos pensando como fazer com que alunos se interessem
mais nas aulas que estão mais do que desgastadas e que não encantam mais. Onde
perdemos o leme desta embarcação? O que professores preocupados e engajados na
tarefa de conduzir seus alunos à aprendizagem podem fazer?
A idéia nos leva a entender que as
instituições de ensino precisam dialogar com os
novos cenários e paisagens culturais. Porém, na prática educacional, o professor mediador também deve, inclusive, ser um
articulador reflexivo dessas mudanças e desta forma contribuir para que as diferentes vozes,
inter-conectadas na rede, divulguem aquilo que realmente é importante para sua emancipação, no sentido freireano do termo.
Trata-se na verdade, de apostar no
potencial democrático e transformador da informação, cuja
finalidade é ampliar nossa capacidade de projetar novas respostas frente aos antigos desafios que a pós-modernidade impõe.
É fantástico, mas quem vai fazer
isso? Aquele professor que ainda acha que o
computador é um inimigo, pois dá mais possibilidades para
o aluno e menos "poder" para o professor? Como mudar esta idéia?
É importante ressaltar que as
instituições escolares, em sua grande maioria, ainda estão à margem das
transformações que o ciberespaço tem realizado substancialmente em
nossa sociedade tanto no aspecto material, com o surgimento de novos artefatos
ou recursos tecnológicos, quanto simbólico, promovendo relações interpessoais
mais complexas.
Nesse contexto caberá aos professores e pesquisadores assumirem o risco de provocar mudanças na prática educacional dominante, ancorada e viciada em modelos fragmentadores que já não respondem às dinâmicas culturais contemporâneas.
Nesse contexto caberá aos professores e pesquisadores assumirem o risco de provocar mudanças na prática educacional dominante, ancorada e viciada em modelos fragmentadores que já não respondem às dinâmicas culturais contemporâneas.
O homem é um ser em constante
desenvolvimento, pois está em relação dialógica com a natureza, logo, não é
uma realidade acabada. Sendo a mudança uma constatação natural da cultura e da
história,
pode-se dizer que não haveria cultura nem história sem inovação, sem
criatividade, sem curiosidade, sem liberdade sendo exercida ou sem liberdade pela qual, sendo negada, se luta. (FREIRE, 2000, p. 30).
Destaca-se que o professor é um agente transformador da
realidade e que é a partir dos saberes docentes que serão fortalecidos os
saberes discentes. Segundo Freire, “Saber que ensinar não é
transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” (FREIRE, 1997, p.52).
Como se pode encantar num tempo de desencanto?
Segundo Assman (2007, p. 65), “Educar significa recriar
novas condições iniciais para a auto-organização das experiências de
aprendizagem. Aprender é sempre descoberta do novo. Aprender é sempre pela
primeira vez, senão não é aprender”.
Assim, um professor tem que
fazer... muito mais para o seu aluno, e se puder instrumentalizar de forma midiática, quanto melhor... o problema é que faltam cada
vez mais profissionais qualificados e querendo se aprimorar mais... somos fora
do consenso...
Essas reflexões são muito
importantes, todavia, esse espaço é grande e diversificado, como o homem pode habitá-lo com qualidade e dignidade. Toma-se como
referência a ansiedade que às vezes experimentamos pessoalmente. Por exemplo,
estamos produzindo um dialogo com você leitor e considero esse momento ímpar,
importante. O conflito aparece que enquanto fazemos isso o espaço tempo
é outro quando você lê.
Daí surge um questionamento: qual a
capacidade que o homem precisa desenvolver para viver, com dignidade, nesse ritmo tão frenético do ciberespaço?
Podemos falar então do meu espaço,
teu espaço, nosso espaço virtual. Compartilhemos com
nossa família os nossos aprendizados e teremos a gratificação do sentimento de
união.
Viva o ciberespaço, o ciberfatores, cibernos, cibervocê...
Será que no ciberespaço tudo está
em seu devido lugar... Ninguém é invadido sem permitir, se não quiser
que ninguém saiba de você, não participe das redes sociais, mas se pensar ao
contrário, pode sim encontrar um equilíbrio, para que as possibilidades do
ciberespaço é uma nova forma de se ter contato com o mundo!!!
Alerta, porém,
temos que perceber que não são todas as pessoas envolvidas no processo ensino e
aprendizagem que estão qualificadas... O que
podemos fazer para ampliar esta visão?
Cibercultura também busca a
dominação, mas a modernidade é caracterizada pela dominação da natureza e do ser humano? Como vemos isto! Somos seres únicos
independentes e nós nos inserimos neste contexto. Pelo jeito não estamos
antenados o suficiente para repelir esta forma de dominação! A perda da noção
espaço tempo é uma forma de dominação? Será que esta sensação de que há
pouco tempo-espaço para a realização das tarefas é reflexo do nosso descuido?
Pode ser que a inovação através do cibermundo venha a aprisionar o homem! Que
cuidados deveremos ter com estas ferramentas?
Se entendermos que estas ferramentas são extensões de nossos pensamentos, desejos,
realizações, como fica tudo isso....
É como se fosse uma tempestade de
informações que a cibercultura nos apresenta, talvez seja um dos maiores
desafios da Educação que se propõe a educar pessoas e
não treinar robôs. Informação para que? Como acessar, selecionar e organizar as
informações pertinentes? Como significar essas informações no contexto de nossa
vida e da nossa história? Muito mais do que possibilitar o acesso e desenvolver
a capacidade de análise e de crítica
Nunca fomos expostos a tanta
informação, as crianças que nascem hoje já vem ao mundo bombardeadas por informações. Como vamos lidar com isso?
Pois, com tanta coisa para pensar é claro que o tempo se tornará curto, e nosso
desafio é com esse aluno que devemos nos preocupar, aquele que tem todo
conhecimento a suas mãos, numa facilidade antes não imaginada, mas, que tem
dificuldade de selecionar e de se aprofundar naquilo que realmente é
importante.
Essas ferramentas podem ser as tais extensões, se o professor que se engaja para ter um diferencial
assim o fizer, caso contrário, será mais um eletrônico que encanta nas
primeiras vezes que utiliza e depois perde o interesse.
Estas ferramentas são a solução, ou
parte dela, para modificarmos nossa prática e metodologia
docente e mostrar para nossos alunos maiores possibilidades nos processos onde
o foco sai do ensino e é centralizado na aprendizagem, na mediação, na
interação... Como tutoriar tudo isso...
Ao se referir sobre o ciberespaço e a cibercultura, verifica-se que estes conceitos caminham lado a lado
com a concepção de um espaço organizado e estruturado composto pela interação
social que constitui as relações de um determinado grupo.
Esta interação pressupõe um reflexo
comunicativo entre o indivíduo e seus pares, que se
reflete, por sua conta, em alterações do processo comunicativo do ser social.
Desta forma, mudam-se os
relacionamentos, e geram-se relações mais complexas do ponto de vista social:
os processos sociais alteram-se e criam-se padrões de relacionamento
extremamente inéditos.
Por outro lado, de acordo com a
concepção de sistemas complexos, a cibercultura favorece também o aparecimento
de padrões de comportamento em larga escala, o que padroniza as interações e os
relacionamentos sociais, criando simulacros do ser. (JOHNSON, p. 231).
Sob este ponto, expondo que o
limiar entre a repetição em larga escala e a inserção no ciberespaço de forma inventiva e criativa deve se atentar a uma busca constante
dos que nela habitam, sob pena de esvaziar as possibilidades que ela
proporciona.
Os novos aparatos tecnológicos, os
aparelhos eletrônicos, revelam como resultado imagens daquilo que é procurado por quem as utiliza, mas essas imagens não são as mesmas
observadas no mundo presencial. Tais imagens revelam o grande acumulo cultural
de informação, são imagens conceituais que re-traduzem o mundo e que são
denominadas de imagens técnicas. Não são imagens reais do mundo – até
acreditamos que sejam – mas construídas de acordo com um programa que reúne e
organiza a diversidade conceitual encontrada na cultura humana.
O reducionismo de contextualização histórica e
social que isto pode causar, dificultando que alunos se enxerguem
dentro deste novo contexto que a priori é apenas uma imensidão de informações.
É preciso realmente refletir este conceito novo, este mundo novo a fim de
vislumbrar um "portal" de acesso onde nossa voz possa mediar estas
informações todas e, o aluno, possa entender os significados desta nova
disposição.
Nisso, as relações interpessoais,
são fundamentais, mas o online as vezes será que não supera o presencial ...
Segundo Drucker (2010, p. 247 ) "Quanto maior a escolaridade de
uma pessoa, maior a freqüência com
que ela precisará de educação adicional." Será que também não precisará de
mais contato pessoal. O Mediador ou Tutor ficará no fio do ciberespaço sem
buscar uma aproximação motivacional?
O tutor
ou mediador pode ser como um grande amigo virtual, que além de tudo, incentiva
alguém a não desistir frente às suas dificuldades, que em alguns casos, são
enormes...
Por isso, sintonizar, despertar a
capacidade de criatividade dos envolvidos no processo
para superar a frieza e possível isolamento provocado pela evolução das
ferramentas de comunicação.
Portanto, a interatividade que hoje
temos na internet faz com que essa distância seja menor, às vezes temos a
sensação de estar falando com alguém que está
logo ali do nosso lado, pensando bem, está!!!
Tomar o grande cuidado para que
essas ferramentas não sejam somente algo obrigatório nas escolas e instituições
de ensino em geral... mas, que possam ser planejadas de maneira estratégica,
envolvendo uma grande parcela da população, sintonizando a
escola com o mundo, isso é a ciberescola
na cibersociedade e no cibermundo. Isso pode mudar a realidade tão diferente
que pode ser a chave da inclusão destes no mundo da cibercultura...
Nas palavras de Moran (1993, p.12) "toda educação aponta para
uma visão de futuro, e com ela analisa o presente, seja para repetí-lo ou para
transformá-lo..." Cabe a nós, enquanto pesquisadores na área de educação
definir o caminho que iremos seguir.
Nesse contexto de profundas mudanças, compreendo que as tecnologias sozinhas não podem transformar o
processo de ensino e aprendizagem, por outro lado as tecnologias podem
transformar as relações educativas, enquanto atividade coadjuvante em um
projeto-pedagógico, dialógico, problematizador e
aberto para novos modos de representação da natureza, do homem e do mundo.
O cenário do tempo presente requer
maior entendimento por parte de TODOS sobre o que seja "navegar num oceano
de incertezas rodeados por algumas ilhas de pequenas certezas"...
A
incerteza é uma das molas que impulsionam as pessoas em busca de superações.
Sempre que nos vemos diante de uma delas nos superamos. A humanidade evoluiu
quando se defrontou com estas incertezas diante da necessidade de buscar o novo
para acrescentar crescimento ao seu dia a dia.
E quando estes TODOS são pessoas
que estão totalmente inseridas no oceano das incertezas? O que nós professores
que acreditamos nessas ferramentas podemos fazer?
Podemos nos perguntar se não
deveríamos "desnaturalizar" o chavão que freqüentemente analisa a instituição escolar como
fechada. Seriam os atores que nela atuam que querem permanecer nesse lugar?
Como "educar para a vida", "responder ás demandas da
sociedade", "formar para a cidadania crítica e participativa" -
chavões que remetem ao modelo pedagógico e
epistemológico de cada época. Então, se há exaustivo empenho dos educadores
porque a instituição escolar é acusada de permanecer ausente das problemáticas
e dos benefícios da sociedade tecnológica?
O problema seria mesmo da instituição escolar?
Talvez os educadores/professores
estejam "na sociedade", porém, as instituições promovem diretrizes
que, com certeza, atrelam as ações dos educadores. As amarras que direcionam os
currículos também promovem este "aprisionamento". Assim, nem sempre a vontade e a superação de educadores é suficiente para a
interação escola/sociedade.
O problema não é somente da
Instituição escolar e de ninguém, mas de pessoas que com certeza não seguiram a
sua natureza pesquisadora e de aprofundamento acadêmico,
muitos se acomodam na sua posição e acreditam que não vale a pena experimentar
mudar...
A cibercultura oferece a
possibilidade de se trabalhar com diferentes dimensões da linguagem (textual,
imagética, sonora...), em respeito aos distintos estilos de aprendizagem. Cibercultura é a cultura contemporânea fortemente
marcada pelas tecnologias digitais. Ela é o que se vive hoje. O novo tempo
impõe uma nova cara na sociedade do conhecimento, a valorização da informação e
dos profissionais. Pode-se dizer que atualmente, um dos instrumentos
mais poderosos em qualquer área ou atividade, é a comunicação. Na escola o
processo de comunicação deve fluir em todos os níveis e atingir eficazmente os
segmentos envolvidos.
Na verdade o ciberespaço está
novamente dando lugar a comunicação. A TV, Revistas,
Rádio.... Era uma via de mão única, o emissor
fala e o receptor escuta, com a internet 2.0 passamos a ler, responder, ler de
novo, responder é uma volta ao diálogo.
O desenvolvimento das tecnologias
coloca a humanidade diante da era digital, sendo assim, os
modos de pensamentos e valores estão, cada vez mais, sendo condicionado pelo novo espaço de comunicação,
que surge da interconexão mundial dos computadores, o ciberespaço.
E esse ciberespaço é democrático?
Deveria ser talvez esteja caminhando (ou engatinhando) para isso. Quanto mais se
aprende sobre o ciberespaço mais democrático ele deverá ficar, pois levar a
questionamentos de como ele funciona e como temos acesso a esse mundo virtual é
que mostra o caminho para a democracia.
O importante é refletir... O
ciberespaço é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos
computadores. Surge um mundo virtual, no sentido amplo, é um
universo de possíveis, calculáveis a partir de um modelo digital. Ao interagir com o mundo virtual, os usuários o exploram e o atualizam simultaneamente. Quando as interações podem enriquecer ou modificar o modelo, o mundo virtual torna-se um vetor de inteligência e criações coletivas.
universo de possíveis, calculáveis a partir de um modelo digital. Ao interagir com o mundo virtual, os usuários o exploram e o atualizam simultaneamente. Quando as interações podem enriquecer ou modificar o modelo, o mundo virtual torna-se um vetor de inteligência e criações coletivas.
Mas depende de quem será o
interlocutor nesta nova proposta de trabalho, não é?
Encantar neste ciberespaço,
inovando sempre com dinâmicas em sala virtual ou presencial, bom humor e uma
constante interação e mediação.
Segundo Michael G. Moore (2010, p.
178), o maior destaque numa pesquisa com alunos
em EAD, é o fato de que os professores, mediadores, tutores, conselheiros,
apresentaram-se sempre com bom humor. Disseminaram alegria ao contexto frio do
ciberespaço.
Ir além da máquina e usar a
ferramenta para construir uma aprendizagem significativa, avançar renovar e inserir-se a
esta geração conhecida como nativo digital, isto acontecerá. Será?
Mas o urgente é o AGORA... O que
podemos fazer pontualmente... O
tempo escorre pelas nossas mãos e parece que nada muda.... Que agonia!!!
Será que seremos como profissionais substituídos mais cedo ou mais tarde pelas máquinas.
Há avanços no campo do ensino que apontam isso em 2010. Mas acreditamos que
não, claro que existem profissionais incapazes de praticar esta mudança e
automaticamente estarão excluídos numa questão de tempo. Quando
ensinamos aprendemos também não é mesmo? Então por que ter receio das
tecnologias?
Há coisas que só um bom professor
faz.. Sejamos este professor! Ciberprofessor.
Na verdade o aluno não tem o
conhecimento e sim a informação... caberá a nós, professores,
transformar a informação, agregada à aprendizagem para que aconteça a
transformação gerando o conhecimento...
E isso exige aprofundamento teórico
e prático do professor, com recursos inovadores e com maiores redes de relações
de aprendizagem. Ousadia também... Transformação,
você um cibershow!
Que venham mais informações. Afinal
é isto que sempre desejamos. Se assim não fosse não ficaríamos antenados em
telejornais e outros tantos programas.
Isto é uma
necessidade. Um mediador qualificado e bem humorado, educado, ciberterno e
ciberfraterno.
Com certeza, há muito por se fazer
ainda no processo educacional, porém, ainda nos deparamos com desafios
"primitivos" numa sociedade do sec. XXI...
Alguém, como
um de nós, controlado e consciente, tolerante e fraterno estará por perto.
Sempre há uma luz no universo. Temos muito ainda que avançar... Porém, é possível.
Ciberpolíticos e ciberdemocráticos
será que é o que se pratica cumprindo regras ou aquilo que almejamos praticar livremente?
Considerações finais
Imaginar um contexto dialógico no contexto cibercultural sem a presença de mediador ou tutor como um
agente de difusão do conhecimento é impossível. As expectativas
provocadas pelo advento das novas tecnologias exigem dos profissionais e das
instituições cuidados especiais. A euforia toma conta deste novo contexto. É
necessário que o avanço seja consciente e integrado aos processos educacionais
já existentes
Referências
ARANHA, Jayme Filho. Tribos Eletrônicas: usos & costumes. Disponível em <http://www.ibase.org.br/~esocius/anais.html> Acesso em 02/08/2011.
ASSMAN, Hugo. O reencantar da educação. Petropolis,
RJ, Vozes 2007.
DRUCKER, Peter Ferdinand. Gestão.RJ, Agir, 2010.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários
à prática educativa. RJ, Paz e terra, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. RJ, Paz e Terra,
2000.
JOHNSON, Steven. 2003. Emergência – a vida integrada de formigas,
cérebros, cidades e softwares. RJ, Jorge Zahar, 2003.
MOORE, Michael G. Educação a distância: uma visão integrada.
SP, Cengage Learning, 2010.
MORAN, José Manuel. Leituras
dos Meios de Comunicação. SP, Pancast, 1993.