quinta-feira, 12 de novembro de 2015

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA


PUBLICADO NO XII CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - EDUCERE - PUC-PR 26 A 29 DE OUTUBRO DE 2015 - ISSN - 2176-1396 EM MESA REDONDA

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: LEGISLAÇÃO E HISTÓRIA

Genaldo Luis Sievert[1] - PUCPR - SIEVERT, G.L.

Grupo de Trabalho – Educação, Complexidade e Transdisciplinaridade
Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo
O documento em questão é resultado de uma pesquisa bibliográfica e tem como objetivo a coleta de dados sobre a temática Educação Profissional, Legislação e História, no sentido de oferecer subsídios teóricos para discussão em Mesa Redonda.  Avançamos ao longo desta peça teórica numa jornada de resgate de parte da história da educação profissional, em especial no Brasil, pinçando ao longo da pesquisa os dados pertinentes aos diversos diplomas legais, que ao longo do tempo e de acordo com a evolução socioeconômica foram amparando e orientando as instituições responsáveis pela oferta destes cursos, cujo objetivo principal é o preparo para o trabalho. Ao método aplicamos uma sistemática de coleta de dados bibliográficos, leitura, seleção dos trechos a serem utilizadas, coleta dos textos, aplicação e análise ao final do trabalho. Os autores que amparam o trabalho são: Barato (2002), Behrens (2010), Camargo (2002), Carneiro (2012), Gilio (2000), Moraes (2009), Morin (2002), Santos (2010), Sapelli (2008), Saviani (2008 e 2005), Strauss e Corbin (2008) e Tapscott (2011). Para analisarmos o resultado do trabalho elaboramos um quadro reunindo considerações de três autores em que efetuam sugestões para melhorias na aplicação das políticas públicas e das ações de caráter didático pedagógico. Diante das considerações destes autores conclui-se que a base em que deve se desenvolver os trabalhos para a educação profissional estão longe do estágio ideal e que a aplicação das políticas públicas emaranha-se com as muitas dificuldades financeiras em que se encontra a Nação além da constante dificuldade de formação e aperfeiçoamento dos professores, relacionadas à adaptação ao contexto em que atuam e ao mundo tecnológico em que vivemos ambas aliadas à falta de acompanhamento e fiscalização dos órgãos competentes.

Palavras-chave: Educação profissional. Legislação. História.
Introdução
Este documento tem a intenção de apresentar os elementos que nortearam a evolução histórica da Educação Profissional no Brasil, aqui entendida como parte da educação certificada pelos diplomas legais. A Educação é dever de todos e deve estar “inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” [2].  
E a história começa para o futuro. Um ponto de partida no passado, amparado por ideias, discussões e quebra de paradigmas[3] no sentido de rompimento para libertar o individuo intelectual e socialmente dos jugos dos mais fortes e dos poderes constituídos de sociedades que se limitavam a explorar a força e o intelecto em causa da concentração de receitas e da manutenção do status quo.
Difícil imaginar onde poderíamos chegar a partir do início do Século XX. Um mundo em “ebulição” que de 1901 a 2000 teve um crescimento extraordinário saltando 1,6 bilhão para 6,1 bilhão de pessoas sendo que de 1987 a 1997 ocorreu o maior aumento, 1 bilhão de pessoas.
Neste período também ocorreram guerras e revoluções, movimentos sociais em prol dos mais diversos interesses da população e/ou dos Estados constituídos. Entre 1940 e 1980 é que houve o maior crescimento no Brasil, baixa mortalidade e elevada natalidade, a partir de 1990 menor crescimento e maior envelhecimento da população.
No Século XX diante da necessidade de suprir necessidades para a grande massa populacional governos e instituições avançaram no campo da pesquisa e uma verdadeira avalanche de soluções tecnológicas foi desenvolvida e/ou aprimorada e colocadas em uso em prol da melhoria da qualidade de vida e para estimular o desenvolvimento nos mais diversos segmentos do mundo capitalista.
E toda esta transformação atingiu os mais diversos segmentos e impulsionaram melhores condições de saúde e saneamento, ganhos de produtividade e renda, mas também acelerou as diferenças entre as diversas camadas sociais.
Na década de 1980 o que era um mero terminal para análise de dados ou para cálculos diversos grande e pesado, em um curto espaço de tempo, aprimorado, foi parar nas mãos de milhares de pessoas ao redor do mundo. O computador projetado e aperfeiçoado ampliou a velocidade das transformações ao redor do mundo.
E chegou... Chegou a Era da Tecnologia e mudou as características do mundo dos negócios, da medicina, da pesquisa de um modo geral e aportou no mundo da educação em toda sua ampla atividade.
Desta forma e diante da nossa exposição inicial é nossa ideia trazer a este contexto, de forma concisa e cronológica um pouco da evolução da Educação Profissional no Brasil, para tanto apoiaremos o conteúdo por meio de uma pesquisa bibliográfica e fugindo a regra não discutiremos as ideias dos autores selecionados, mas sim, alargaremos e estenderemos as citações no sentido de apresentar conteúdo teórico suficiente de amparo a outros dois artigos que serão discutidos em Mesa Redonda.
A metodologia e o método de coleta de dados se apoia no que Strauss e Corbin (2008, p.17) consideram ser “[...] uma forma de pensar sobre a realidade social e de estudá-la. [...] um conjunto de procedimentos e técnicas para coletar e analisar dados. [...] os processos analíticos por meio dos quais os dados são divididos, conceitualizados e integrados para formar a teoria”. Ao método aplicamos uma sistemática de coleta de dados bibliográficos, leitura, seleção dos trechos a serem utilizadas, coleta dos textos, aplicação e análise ao final do trabalho.
Desenvolvimento
Entre os séculos 18 e 19 com os cursos de Taquigrafia na Europa e nos Estados Unidos surgiram os primeiros cursos de Educação Profissional praticados na modalidade de estudo a distância.
Ao longo de décadas a Educação Profissional evoluiu e acompanhou o desenvolvimento de novas tecnologias, como rádio e televisão e utiliza, ainda, estas mídias para oferecer cursos diversos para atender as necessidades daqueles que desejam aprimoramento e desenvolvimento para a prática profissional. Na esteira da evolução tecnológica esta modalidade educacional é, hoje, também, promovida e realizada por meio de plataformas virtuais online.
A Legislação e a história
A Educação Profissional de acordo com o conteúdo do Art. 39 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) tem a seguinte redação dada pela Lei 11.741, de 2008: “A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia”. O mesmo artigo em seu inciso 1° esclarece que os cursos poderão ser organizados por eixos tecnológicos com diferentes itinerários, o 2° inciso expressa que esta modalidade de educação contemplará os seguintes cursos de acordo com o texto da Lei 11.741/08:
a)      De formação inicial e continuada ou qualificação profissional (acrescentado pela Lei 11.741/08).
b)      De educação profissional técnica de nível médio (incluído pela mesma Lei).
c)      De educação profissional de graduação e pós-graduação (incluído pela mesma Lei), sendo que estes deverão ser organizados de acordo com as diretrizes curriculares nacionais.
 Em Carneiro (2012, p, 318-319) encontramos excelente reflexão pertinente à atenção dada à educação profissional no sentido que:
A LDB dedica uma atenção especial à educação profissional e tecnológica. O relevo que o assunto merece decorre de uma profunda mudança por que passa o chamado mundo do trabalho. Mais do que nunca, este mundo vai-se transformando no mundo do conhecimento, do saber vertido em operações produtivas. A premência por uma formação profissional comprometida com uma cidadania ativa decorre dos seguintes fatores: a) [...] das políticas de desenvolvimento econômico e tecnológico do país, das políticas sociais voltadas para o trabalho produtivo e para a geração de renda e de estratégias fecundadoras de parcerias e de integração. B) A legislação da educação básica e dos institutos normativos decorrentes, ao contribuir para a falta de foco na educação do cidadão produtivo, concorreu sempre para a desarticulação entre os vários sistemas de ensino profissionalizante, gerando um subaproeveitamento dos recursos existentes.  C) A educação profissional no Brasil possui historicamente, uma estrutura inflexível e, em decorrência, sempre teve dificuldade de atender, com agilidade, a crescente demanda por níveis mais elevados de qualificação. D) O modelo tradicional de oferta de cursos profissionalizantes contribuía para aprofundar as desigualdades sociais à medida que se mostrava impermeável à diversidade socioeconômica e cultural do país. E) A PEA[4] brasileira é constituída de 93 milhões de pessoas, com média de 7 anos de escolaridade, e oriundas de escolas de baixa qualidade. Nos países da OCDE[5], a média de escolaridade é praticamente o dobro da apresentada pela população de trabalhadores brasileiros. F) Por fim, os educadores brasileiros e a própria academia dificultaram sempre o diálogo entre o mundo empresarial e a escola. Com isto inviabiliza-se o currículo focado em competências, como se o trabalho produtivo não possuísse uma natureza social.
E fatores diversos conduzem os responsáveis por acompanhar e praticar melhorias em prol de melhores condições àqueles que irão buscar se inserir na sociedade do conhecimento e na enorme ciranda do mundo capitalista, às praticas das regulações e da instituição dos diplomas legais. Sendo assim organizamos e apresentamos no quadro 1 uma relação cronológica para facilitar o entendimento que o assunto requer, bem como para salientar a importância para a sociedade como um todo.
Quadro 1. Organização dos principais eventos legais da Educação Profissional.
Ano
Evento e/ou finalidade
1909
Surgiram as Escolas de Aprendizes e Artífices. Decreto n° 7.566, de 23 de setembro de 1909.
1931
Decreto n° 20.158, de 30/6/1931. Reforma o ensino comercial que, entre outras providências, organizou essa modalidade nos níveis médio e superior e regulamentou a profissão de contador.
1931
Criação do Conselho Nacional de Educação. Decreto n° 10.850, de 11/4/1931. Conselho destinado a assessorar o Ministro na administração e direção da educação nacional.
1942 a 1946
Implantação dos ensinos industrial, comercial e agrícola.
1959
Rede Federal de Ensino Técnico e as Escolas Técnicas Federais (por meio do Decreto 47.038/59).
1961
Lei 4024/61, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. O ensino profissional readquire sua natureza educativa. Equivalência entre cursos técnicos e secundários para fins de ingresso em curso superior.
1997
Decreto 2.208/97. No sentido de integração da educação geral/educação profissional e tecnológica.
2004
Decreto 5.154/04. Normatiza e estabelece que a educação profissional deverá ser organizada por áreas profissionais, em correspondência a cada estrutura sócio ocupacional e à base tecnológica requerida e, ainda, mediante processos articulados, envolvendo trabalho, estruturas de emprego, e fundamentos e tendência científica e tecnológica. Institui doze eixos tecnológicos.
2005
Decreto 5.478 estabelece o Proeja – Programa de Integração de Educação Profissional ao Ensino Médio. Dispõe sobre a formação inicial e continuada de trabalhadores bem como sobre a educação profissional técnica de nível médio.
2005
Surge o Projovem – Programa Nacional de Inclusão de Jovens. Neste mesmo tempo a Lei Federal 11.129/05 instituiu o Conselho Nacional da Juventude e a Secretaria Nacional da Juventude.
2008
Lei 11.741 de 2008: altera dispositivos da Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996 com a intenção de redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica.
2008
Lei 11.892/08 institui a Rede Federal de Educação Profissional.
Fonte: adaptado e organizado pelo autor a partir de Carneiro (2012) e Santos (2010).

E esta sequencia de atos legais nos conduz a buscar elementos discutidos por alguns autores que apontam a cooperação entre governo, empresários e sociedade em geral como fundamental para uma sociedade mais justa e com boa distribuição de renda. Gilio (2000, p. 22) ressalta que “se por um lado a construção da competitividade é imprescindível [...] por outro, ela supera os limites do setor produtivo e se coloca como problema nacional: a formação dos trabalhadores é um problema estrutural, de responsabilidade conjunta do governo e iniciativa privada [...]”.
Saviani (2008, p. 155) discorre sobre o avanço em relação ao Decreto n. 5.154, de 2004, por meio do qual “retoma-se a tendência da formação integrada que caminha na direção da superação da dualidade entre educação geral e formação profissional, revertendo-se o retrocesso representado pelo decreto do Governo FHC[6]”.  O Decreto n. 5.154 foi sancionado durante o Governo de Luis Inácio Lula da Silva. Observamos então uma clara situação de conflito de interesses oriundas dos mais diversos grupos econômicos e do governo. Saviani (2008) destaca também que “essa mudança precisaria ser acompanhada por uma reorientação prática da política nacional que assegurasse o compromisso do Estado com o financiamento da educação publica, fortalecendo os centros federais de educação [...]” (idem p. 155).
Sapelli (2008, p. 54) comenta sobre a temática que “podemos perceber que nesse novo momento do capitalismo não há liberdade a não ser para o capital”, referindo-se a evolução acelerada e ao descompasso existente por parte das políticas públicas. A autora discorre, também, sobre a evolução da educação profissional no Paraná, destacando que pertinente ao século XIX poucos relatos foram encontrados, porém, o que foi identificada expressa “o mesmo caráter classista que encontramos na história da educação brasileira” [...] “O ensino profissional do Paraná também esteve, no início de sua história, marcado pelo assistencialismo e disciplinamento dos pobres.” (2008, p. 62), a autora destaca também a importância da criação, em 07 de julho de 1947 do SENAC, no Paraná.
Dos autores elencados até agora, todos registraram a preocupação com a formação específica de professores, fator essencial para o sucesso da empreitada social.
Dos conteúdos analisados fica evidente que o sucesso da educação profissional, seja sob a gestão do Estado, seja sob a gestão da iniciativa privada, ou mesmo numa ação conjunta, não será bem sucedida se não houver uma política pública voltada ao estímulo da indústria, do desenvolvimento dos serviços da evolução da agricultura da perfeita harmonia entre educar para a profissão, produzir, exportar, importar, gerando empregos e poder compra. Fica claro que discurso e diplomas não satisfazem.
Camargo (2002) narra em sua obra o contexto de acompanhamento de projetos inovadores, experiências vividas e relatadas e catalogadas em todo o território brasileiro.
A autora esclarece que são ações no âmbito dos Planos Estaduais de Qualificação (PEQs), “que articulam as ofertas e as demandas locais por educação profissional, contemplando projetos e ações cuja execução deverá beneficiar anualmente cerca de 20% da população economicamente ativa.” (2002, p. 2). Este documento de Camargo (2002) visa oferecer “subsídios e orientações técnicas para que as informações e os documentos que estão sendo produzidos [...] possam ser organizados e manejados de modo a constituir verdadeiramente um apoio informativo para a ação dos colegiados [...]” (idem p. 4).
A desigualdade estruturante do sistema educacional adicionada de complexos fatores regionais de um país continental, talvez seja a motivação para ampliar a discussão a respeito da temática aqui discutida, de forma concisa, elencando dados de aspectos legais e construção histórica, sendo esta construída pelos atores envolvidos: governo, sociedade e comunidade econômica, aqui entendida como geradora do ciclo capitalista contemporâneo, gerador de riquezas e ao mesmo tempo motivador da alta concentração de recursos financeiros numa pequena parcela da população.
Uma excelente contribuição nos é apresentada por Saviani (2005, p. 20-21), esclarecendo sobre o período de recuperação econômica pós 1930:
[...] e se estende até a crise da década de 1970, o processo produtivo e a organização do trabalho estão ainda sob a égide do taylorismo-fordismo. A economia de escala e a produção em série para o consumo de massa implicam o uso de um grande contingente de trabalhadores, o que facilitava tanto a organização sindical como a regulamentação estatal. Assim, o chamado “Estado de Bem-estar” traduziu um determinado grau de compromisso entre Estado, empresas e sindicatos de trabalhadores que, numa fase de crescimento da economia, assegurou um relativo equilíbrio social e impulsionou significativamente o desenvolvimento das forças produtivas capitalistas, cujo resultado se materializou num avanço tecnológico de tal proporção que deu origem a uma nova “revolução industrial”: a revolução microeletrônica, também denominada “revolução da informática” ou “revolução da automação”.  
Capitalismo, trabalho e seus modelos de produção, governo e sociedade, aparentemente pilares de sustentação de uma sociedade equilibrada e justa. Porém com o advento da “revolução da informática” uma suposta evolução da educação foi colocada sob “xeque mate”, para Saviani (2005) a educação que tenderia a evoluir sobre a base do desenvolvimento tecnológico é colocada, inversamente sob a determinação das condições impostas pelo novo capitalismo. Temos, assim, o momento em que se institui a concepção produtivista de educação que dominou a segunda metade do século XX.
E estamos centrados nesta vertente que propõe o desenvolvimento, aprimoramento e aplicação das normas regulatórias. Estimular o desenvolvimento educacional e profissional é dever do Estado e Sociedade no intuito de torna-los sólidos e competitivos.
Nos últimos anos os sistemas do comércio e indústria estiveram envolvidos em aprimorar, esclarecer, e desenvolver pessoas no sentido de facilitar a inclusão destas no mercado de trabalho e/ou no sentido de estimular o desenvolvimento de novos negócios.
Segundo Saviani (2005, p. 23) estes ciclos de retomada de discussões sobre aprimoramento para a educação profissional parecem se fundir aos períodos de crises econômicas. Para ele “[...] parece haver claramente um processo intencional de administração de crises”. Segue na mesma linha afirmando que “[...] parece tratar-se de uma relevante transformação do capitalismo que afetou decisivamente o mundo do trabalho e a educação na segunda metade do século XX, mantendo-se presente no princípio do século XXI” [7].
  Realizadas estas considerações devemos nos ater e destacar a complexidade do mundo contemporâneo em que vivemos. Um emaranhado mundo novo repleto de informações, incessante, onde a eletrônica e a rede mundial, a internet, suportam uma enorme carga de trocas de conteúdos e protocolos de controle de operações as mais diversas.
A educação profissional, aqui discutida, se encontra com esta realidade e hoje é possível aprimoramento a milhares de quilômetros da instituição de ensino. Hoje há no Brasil mais de 5.300 polos de apoio aos alunos e novas Diretrizes estão por vir na intenção de melhorar as condições do ensino a distância, que requer a utilização de plataforma online  e de atividades práticas nos polos de apoio[8].
O complexo e dinâmico mundo corporativo tem buscado suas próprias soluções ao incorporar Universidades Corporativas no sentido de aprimorar e desenvolver o público que em suas bases desenvolvem trabalhos diários.
Esta noção surgiu da observação de suprir necessidades específicas de cada segmento.
“Hoje, os mercados de trabalho são globais e, no contexto de modelos de negócios em rede, os trabalhadores do conhecimento enfrentam competição em tempo real. Os trabalhadores e gestores devem aprender, adaptar-se e desempenhar como nunca antes”. Tapscott (2011, p. 141). O mesmo autor considera que “o verdadeiro aprendizado começa quando os estudantes deixam a sala de aula e começam a discutir e a internalizar o que acabaram de ouvir”. (idem).
Criar uma cultura de colaboração envolvendo todos os segmentos da sociedade, eis uma proposta que nos parecer favorecer para o futuro da sociedade.
Considerações Finais
Diante do conteúdo que apresentamos e que pretende servir de apoio aos conteúdos a serem apresentados durante a realização de uma Mesa Redonda, cabe a partir de agora observar as considerações dos autores selecionados no que diz respeito aos pós e aos contras. Para tal e diante do que apresentamos elegemos três autores a partir dos quais iremos elaborar um Quadro apontando o que cada um considera importante no que tange ao desenvolvimento da educação profissional.
Quadro 2. Destaque e proposição de cada autor para a educação profissional.
Carneiro (2012, p. 335)
Barato (2002, p. 137-138)
Santos (2010, p. 116-117)
“[...] imperativo trabalhar um conceito diferenciado e dinâmico de sistema de educação profissional sustentado nos seguintes delineamentos estruturantes [...]”.
“[...] vou anunciar de modo direto, sintético e com certa clareza, meus propósitos e sugestões. A meu ver é preciso repensar a didática quando se quer fazer educação profissional, considerando [...]”.
Santos propõe a utilização das dez novas competências para ensinar que o Mestre Perrenoud postulou. Ele esclarece que nesse trabalho Perrenoud propõe as competências a seguir.
Conhecimento dos traços marcantes do setor produtivo.
A organização do ensino fundada na escola acadêmica é incapaz de gerar uma didática adequada à elaboração do saber técnico.
Centrar-se nas competências a serem desenvolvidas nos alunos e nas mais fecundas situações de aprendizagem.
Levantamento das variáveis e dos indicadores da estrutura econômica, científico-tecnológica, organizacional, ocupacional e sócio-educativo-cultural do país, região e da sociedade local.
Eleger consciente ou inconscientemente, a teoria como senhora da prática é uma solução que desvaloriza o saber técnico.
Diferenciar seu ensino, praticar uma avaliação formativa, para lutar ativamente contra a reprovação.
Delimitação das áreas profissionais, a partir do entendimento dos seus processos e de suas funções.
O uso de pares antiéticos como teoria/prática ou conhecimento/habilidade para classificar conteúdos de ensino está fundado em epistemologia que desconsideram a dinâmica das atividades humanas.
Desenvolver uma pedagogia ativa e cooperativa fundamentada em projetos.
Inventário das competências profissionais identificadas como relevantes para o mercado de trabalho.
Mais educação geral é direito e necessidade do trabalhador-cidadão. É preciso, porém, depurar o discurso, para que a defesa da educação geral não signifique perder de vista a especificidade da educação profissional.
Entregar-se a uma ética explicita da relação pedagógica e ater-se a ela.
Definição dos conteúdo a serem casados com as competências profissionais.
Técnicas e habilidades exigem tratamento metodológico que garanta bons resultados do aprender a trabalhar. Essa circunstância coloca o desafio de construir uma pedagogia voltada para o saber técnico.
Continuar a sua formação, a ler, a participar das manifestações e reflexões pedagógicas.
Foco continuamente na educação geral e educação profissional, de tal sorte que se assegure ao aluno trabalhador uma base ampla de formação e níveis crescentes de qualificação.
 Os modos hegemônicos de ver o conhecimento em educação estão marcados por ideias transmissivistas e reificadoras do saber. Essa tendência consagra uma educação palavrista e bancária. É preciso superar tal visão com uma pedagogia voltada para a construção compartilhada do saber.
Questionar-se, refletindo sobre a sua prática, individualmente ou em grupo.
Balizamento dos perfis profissionais através do contorno das competências profissionais.
Insistir na teoria pode ser uma forma ideológica de “demonstrar” a inferioridade do trabalho técnico. Insistir na prática pode ser uma forma de instrumentar o trabalhador em sua luta por condições mais dignas de trabalho. Contraditoriamente, certo criticismo esquerdizante, que insiste na transmissão de conteúdos teóricos, é uma forma sutil de esvaziar a técnica de significado, justificando a divisão entre trabalho manual e trabalho intelectual.
Participar da formação inicial dos futuros professores.
Operacionalidade dos processos de certificação total ou parcial, mediante instituições competentes, flexibilizando o processo formativo por via de entradas e saídas intermediárias.

Trabalhar em equipe, relatar o que faz, cooperar com os colegas.
Construção de alianças e parcerias dentro de um processo contínuo de complementaridade e de multiplicação de resultados.

Inserir-se em um projeto de uma instituição ou uma rede.
Sintonia com as tendências de apropriação tecnológica do setor produtivo e com o nível de percepção profissional dos alunos egressos, como forma de garantir a permanente atualização do currículo.

Engajar-se nos procedimentos de inovação individuais e coletivos.
Busca da ruptura do dualismo estrutural entre Ensino Médio e educação profissional, através de políticas pautadas pela inclusão, qualidade social e materialidade da proposta de educação integrada contida no Decreto 5.154/04.


Fonte: o autor.  Organizado e contextualizado a partir dos conteúdos dos autores selecionados.

Diante do que reunimos no quadro 2, temos como resultado do trabalho, considerações de três autores em que efetuam sugestões para melhorias na aplicação das políticas públicas e das ações de caráter didático pedagógico. Diante das considerações destes autores conclui-se que a base em que deve se desenvolver os trabalhos para a educação profissional estão longe do estágio ideal e que a aplicação das políticas públicas emaranha-se com as muitas dificuldades financeiras em que se encontra a Nação, ao longo dos anos, além da constante dificuldade de formação e aperfeiçoamento dos professores, relacionadas à adaptação ao contexto em que atuam e ao mundo tecnológico em que vivemos ambas aliadas à falta de acompanhamento e fiscalização dos órgãos competentes.


Referências

BARATO, Jarbas Novelino. Escritos sobre tecnologia educacional e educação profissional. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2002.
BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Petropólis, RJ, 4. ed. Vozes, 2010.
BRASIL. Lei 11.741, de 16 de julho de 2008. Brasília. Disponível em:<  http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11741.htm> Acesso em: 10ago2015.
BRASIL. Pronatec. MEC. Catalogo Nacional de Cursos Técnicos. Disponível em:< http://pronatec.mec.gov.br/cnct/> acesso em: 10ago2015.
CAMARGO, Célia Reis. Experiências inovadoras de educação profissional: memória em construção de experiências inovadoras na qualificação do trabalhador (1996-1999). São Paulo, Editora UNESP: Brasília, DF: Flacso, 2002.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDB fácil: leitura crítico-compreensiva, artigo a artigo. Petropólis, RJ: Vozes, 2012.
GILIO, Ismael. Trabalho e Educação: formação profissional e mercado de trabalho. São Paulo: Nobel, 2000.
MORAES, Maria Cândida. Paradigma educacional emergente. 9. ed. Campinas, SP: Papirus, 2009.
MORIN, Edgar. Os sete saberes para a educação do futuro. Lisboa, Portugal: ed. Neograf, 2002.
SANTOS, Jurandir dos. Educação profissional & práticas de avaliação. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2010.
SAPELLI, Marlene Lucia Siebert. Ensino profissional no Paraná: aspectos históricos, legais e pedagógicos. GUarapuva: Unicentro, 2008.
SAVIANI, Dermeval. Da nova LDB ao FUNDEB:  por uma outra política educacional. 2 ed. rev. e ampl. Campinas, SP: Autores Associados, 2008.
SAVIANI, Dermeval. Transformações do capitalismo, do mundo do trabalho e da Educação. In: LOMBARDI, José Claudinei, SAVIANI, Dermeval, SANFELICE, José Luís (orgs). Captalismo, trabalho e educação. 3 ed. Campinas: Autores Associados, 2005.
STRAUSS, Anselm; CORBIN, Juliet. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. Porto Alegre: Artmed, 2008.
TAPSCOTT, Don. Macrowikinomics: reiniciando os negócios e o mundo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
VINES, Juliana. Tudo pode ser ensinado pela tela, mas aula prática depende de supervisão. São Paulo, Educação a distância. 30jul2015. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2015/07/1661681-tudo-pode-ser-ensinado-pela-tela-mas-treinamento-depende-de-supervisao.shtml> Acesso em 10ago2015.





[1] Mestre em Educação, Especialista em: Gestão de Custos e Formação Estratégica de Preços e, Formação Pedagógica do Professor Universitário, Professor Universitário, Diretor Comercial e Membro de Conselho de Administração.
[2] Art. 2° da Lei 9.394, de 20/12/96.
[3] Segundo Morin: Enfermidade cognitiva pela ausência do conhecimento e dos problemas-chave do mundo. Para Moraes: Pensamento reducionista em prol da evolução de métodos racionais para evolução da humanidade. Behrens anotou: Influência cartesiana e newtoniana que levou a uma mentalidade reducionista.
[4] População Economicamente Ativa.
[5] Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico.
[6] Ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
[7] Para confrontar ou entender estas argumentações ler Stiglitz, Joseph E. A globalização e seus malefícios. São Paulo: Futura, 2002.
[8] Conforme dados divulgado no periódico digital Folha Online na edição de 10/08/2015.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Mediação e tecnologia, ações e reações de participantes de um Fórum online: em busca de uma aprendizagem mais significativa no olhar avaliativo do processo

Mediação e tecnologia, ações e reações de participantes de um Fórum online: em busca de uma aprendizagem mais significativa no olhar avaliativo do processo

Genaldo Luis Sievert[1] SIEVERT, G.L.
Fabiane Lopes de Oliveira[2]


Aceito, apresentado e publicado na Ata do XXII Colóquio da AFIRSE - PORTUGAL.
ID-158 p. 686-695. ISBN-9789898272256-2015. Universidade de Lisboa
RESUMO
Este documento analisa os discursos elaborados durante a realização de um Fórum realizado no transcorrer da disciplina do Programa de Pós-Graduação da Escola de Educação e Humanidades da PUCPR - Brasil, em nível de Mestrado e Doutorado. Os participantes são a grande maioria de professores atuantes em instituição de educação básica e de nível superior de ensino. O Fórum foi desenvolvido com apoio de um texto base previamente esclhido, tendo como objetivo: a identificação de conteúdos produzidos que contemplem ser a mediação e a tecnologia elementos que se fundem num processo agregador e que potencializa a ação de professores e alunos. A participação dos envolvidos foi de forma aberta o que oportunizou a inserção de opiniões e teorizações sobre o tema daqueles que sentiram-se tocados para a participação e confluência de conteúdos e aprendizagens coletivas. A pesquisa, metodologicamente, encontra apoio nos passos descritos por Sievert (2013), numa condição apropriada para extração e análise de dados obtidos das atividades realizadas em ambientes virtuais de aprendizagem. A teoria desenvolvida foi apoiada nos seguintes autores:Tébar (2011), Souza (2004), Harasim (2005), Perrenoud (2000), Litto (2012), Behrens (2010), Moore (2010). O grande desafio encontrado no caminho de investigação, está no viés da percepção de como efetivamente os atores da aprendizagem adquirem-na e de que forma as competências midiáticas podem favorecer a sua aprendizagem, num espaçotempo que contribua para a sua formação e sua profissionalização na educação. As questões envolvendo os papéis atribuidos nessa pesquisa entrelaçam-se, demonstrando o real interesse por uma nova visão de aprendizagem, que oportunizará a avaliação da mesma com aspectos qualitativos, levando em consideração as competências de cada um, aprimoradas e desenvolvidas a partir de sua expertise. Os resultados apontam que os participantes do Fórum entendem a necessidade de fundir as ações dos docentes e discentes com as novas tecnologias disponíveis mesmo diante das possibilidades positivas e negativas. Também pontua a tênue relação das questões metodológicas, o que diz respeito aos docentes, seus saberes e compartilhamento de informações, presentes na realidade educacional atual, onde os recursos utilizados em ambientes educativos necessitam de uma maior utilização, promovendo uma mudança, e por que não dizer, uma ruptura de experiências e aprendizagens ultrapassadas, tornando-se mais efetivo e significativo.

Palavras-chave: Aprendizagem significativa, Olhar avaliativo, Mediação, Tecnologia, Metodologias inovadoras.
RÉSUMÉ
Ce document examine les discours élaborés au cours d'un forum qui s'est tenu dans le cadre de la discipline Programme Graduate École de l’ Education et des Sciences Humaines de PUCPR - le Brésil, la maîtrise et du doctorale. Les participants sont la grande majorité des enseignants travaillant dans l'institution de l'éducation de base et l'enseignement supérieur. Le Forum a été développé avec le soutien d'un esclhido texte de base précédemment, visant à: identifier le contenu produit être contemplant éléments de médiation et de la technologie qui se fondent dans le processus d'agrégation et qui renforce l'action des enseignants et des étudiants. La participation des personnes concernées a été ouvertement qui a fourni l'occasion d'insérer les opinions et les théories sur le sujet de ceux qui se sont sentis touché pour la participation et la convergence des contenus et l'apprentissage collectif. La recherche, méthodologiquement, trouve un appui dans les étapes décrites par Sievert (2013), une extraction et une analyse appropriée des données obtenues à partir des activités menées dans l'état virtuel des environnements d'apprentissage. La théorie a été développée et soutenue par les auteurs suivants: Tébar (2011), Souza (2004), Harasim (2005), Perrenoud (2000), Litto (2012), Behrens (2010), Moore (2010). Le principal défi à relever dans la recherche de voie est la perception de l'efficacité biaiser les acteurs de la prise de l'apprentissage dans le et comment les médias peuvent promouvoir vos compétences d'apprentissage dans un espace-temps qui contribuent à leur formation et leur professionnalisme dans l'enseignement. Les questions concernant les rôles attribués à cette étude sont entrelacées, ce qui démontre un réel intérêt pour l'apprentissage d'une nouvelle vision, qui favorise la même évaluation des aspects qualitatifs, en tenant compte de l'expertise de chacun, raffiné et développé à partir de son expertise. Les résultats indiquent que les participants au Forum comprennent la nécessité de fusionner les actions des enseignants et des élèves aux nouvelles technologies disponibles avant même que les possibilités positives et négatives. Ponctue aussi le rapport ténu entre les questions méthodologiques, respect pour les enseignants, leurs connaissances et le partage d'informations, présente dans la réalité actuelle de l'éducation, où les ressources utilisées en milieu éducationnel nécessitent une plus grande utilisation, la promotion d'un changement, et d'ailleurs, une rupture de l'apprentissage et des expériences obsolète devenir plus efficace et significatif.

Mots-Clés : Apprentissage significatif, regard de l'évaluation, mediation, technologie, méthodologies innovatrices.

Introdução
A mediação, um ato ou uma ação, aqui serão tratados como uma forma de intervenção que possui sentidos contrários, porém, com intenções mútuas que visam ampliar as condições consideradas adequadas na relação alunos/professores.
Parece-nos que as transformações virão com a conscientização dos professores imigrantes digitais e com o aperfeiçoamento daqueles que nesta era digital cresceram. Deixar de lado o ensino empirista e partir para uma aprendizagem centrada no aluno, interacionista, que vise impulsionar as novas práticas será o motor que impulsionará esta nova modalidade de ensinar.
Esta nova forma de relacionamento, mediada por aparatos tecnológicos, deverá modificar e tornar perene um novo de tempo ensinar, do saber-fazer, do saber crescer com a comunidade que aprende com mais autonomia, porém, com a orientação do novo professor, o professor mediador, ciberprofessor, crente na capacidade de desenvolver indivíduos capazes de, ao mesmo tempo aprendendo clamar dizendo: “assim acredito ser melhor para mim professor, podemos conversar sobre isto?”.
Não fosse a evolução dos meios de comunicação e informação não estaríamos, com certeza, neste momento, tecendo considerações iniciais a respeito da relação mediação e tecnologias. E foi durante a relação, de alunos de uma disciplina isolada do Programa de Pós-Graduação em Educação da Escola de Educação e Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que a oportunidade surgiu. Na sala virtual e no ambiente presencial conviveram Doutorandos, Mestres, Mestrandos e candiadtos a uma vaga no programa, estes últimos na condição de aluno especial. E diante do avanço da disponibilidade de novas tecnologias cresce a importância da capacidade do professor de mediar a educação e o desenvolvimento das capacidades cognitivas por meio da utilização dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens (AVA’s).
Isto posto, verifica-se que a modalidade de ensinar a aprender e aprender ensinando surge através da inovadora e revolucionária infovia, encontrada no ciberespaço, proporcionado pelo advento da internet. A partir dos anos 80 e após diversos anos de estudos realizados e da utilização desta ferramenta para fins militares e governamentais, o sistema foi disponibilizado para a sociedade e chegou ao Brasil com força a partir dos anos 90. Quinze anos depois, 2005, é regulamentado o EAD no Brasil.
Como objetivo determinamos: a identificação de conteúdos produzidos que contemplem ser a mediação e a tecnologia elementos que se fundem num processo agregador e que potencializa a ação de professors e alunos.

Metodologia
Para amparar a discussão que ora iniciamos realizamos uma série de passos a partir do acesso ao AVA onde foi relizado um Fórum com a temática Aprendizagem mediada pela tecnologia, título de um texto de autoria da Professora Vani Moreira Kenski. O Fórum citado foi parte da disciplina Mediação Pedagógica e Tutoria Online, do Programa de Pós-Graduação citado.
 Ao buscarmos um meio ou modo de elencar os dados para análise optamos por utilizar os passos descritos por Sievert (2013)[3], que desenvolveu uma condição apropriada para extração e análise de dados obtidos de Fóruns realizados em AVA, conforme segue: a) acesso ao espaço online; b) acesso a sala virtual; c) acesso ao Menu – Fórum; d) expansão de todas as caixas de diálogo; e) seleção individual de cada participante seguida da seleção do conteúdo produzido; f) cada seleção foi copiada e transferida para um arquivo no Word; g) quando o conteúdo era extenso a caixa de resposta era aberta para possibilitar a seleção e cópia do conteúdo; h) o tempo de duração, copiar/colar, variou entre 1 e 2 horas;  i) no Word, os conteúdos foram codificados sendo utilizada a letras “P” acrescida das iniciais do nome completo de cada participante; j) para os professores/tutores foi utilizado o mesmo procedimento sem distinção destes e dos alunos; k) após a transferência para o Word, foi efetuada uma leitura total de todos os conteúdos; l) após esta leitura foi realizada uma formatação para melhorar a estética dos textos extraídos, mantendo-se os conteúdos intactos; m) após esta providencia era iniciado o processo de codificação dos diálogos no sentido de poder ser identificado aspectos como: importância da aprendizagem mediada pela tecnologia; importância da tecnologia como elemento de inserção na nova sociedade.
Ato contínuo e diante do objetivo do presente documento, entendemos ser pertinente estabelecer algumas considerações a respeito do que é ser um mediador.

A mediação, o mediador – discutindo sua relevância
      Parece-nos importante trazer ao contexto o que é o mediador na perspectiva de Feurstein, conforme destacado por Souza, (2004, p. 53): “é aquele capaz de enriquecer a interação do mediado com seu ambiente, utilizando ingredientes que não pertencem aos estímulos imediatos, mas que preparam a estrutura cognitiva desse mediado para ir além dos estímulos recebidos, transcendendo-os”. As ações de mediação podem estar presentes em qualquer situação do nosso dia a dia, nas esferas do ambiente familiar, profissional, do ensino e do aprendizado, das muitas ocorrências no ambiente profissional e de forma mais recente nas perspectivas do ensinar via ensino à distância.
      Assim cresce em importância a preparação dos novos professores para atuação junto aos alunos em EAD. Segundo Tébar “Os mediadores só alcançam empatia com o aluno ao desempenhar seu papel e situar-se no mesmo nível dele.” (2011, p. 272).
      A interação mediática em ambientes virtuais ou a mentoria deve ser exercida por profissionais capazes, habilidosos, sensatos, inseridos no atual contexto educacional para o ensino à distância.
      Desta feita, além das habilidades pedagógicas, serão necessários conhecimentos de ferramentas tecnológicas, de manuseio de interfaces em ambiente virtual de aprendizagem, capazes de fazer com que o aluno da era digital se torne capaz de explorar o ambiente e os recursos disponibilizados com habilidade tal que o transforme num indivíduo capaz de inserir-se no mundo em que vive.
Para Harasim et al,o mentor online é

[...] um profissional de determinada área que oferece retorno até o aprendiz (aluno) dominar a tarefa de aprendizagem. Neste momento o mentor desaparece, e o aprendiz começa a fazer exploração sozinho. [...] A interação aluno-mentor pode acontecer por várias semanas ou vários meses, durante os quais o aluno apresenta o trabalho várias vezes e vai obtendo retorno do mentor. A mentoria é uma técnica que vem sendo usada com sucesso em humanidades e ciências, do ensino fundamental à educação de adultos. (2005, p. 166)

Percebe-se que a velocidade da troca de informações provoca em todos os níveis a necessidade de auto-reformulação individual e coletiva, notadamente no campo econômico e educacional e destes evolui para o nível de tomadas de decisões, para uma mudança, hoje tão veloz, que poucos a percebem.
Assim, Harasim (2005) apresenta características que distinguem a comunicação que ocorre nos formatos atuais de conferência por computador e que oferecem uma estrutura conceitual para orientar e facilitar a implementação em redes de aprendizagem e que encontram no mediador a sua sustentação para inter-relacionar.
É preciso mais do que nunca, que o instrutor faça com que as interfaces utilizadas transformem a tela do computador numa janela para o mundo. Desta forma destaca-se a importância da comunicação de grupos, em qualquer lugar, a qualquer momento, textual e cada vez mais multimídia e, a troca de mensagens mediadas por computador.
No Brasil a LDB (Lei 9394\96), trouxe à luz, supostamente, as condições necessárias para modernizar o ensino a distancia, baseado na nova plataforma de comunicação. O que não traz efetivamente é uma modernidade curricular inserindo ao novo modelo, novas formas de ensinar no ciberespaço, engessando o ensino a distancia ao currículo disciplinar já existente.
Esta questão não é um privilégio brasileiro, porém, não significa que não devemos condená-lo, visto que é necessário entender as condições para mediar ou realizar a atualização e inserção ao campo da tecnologia dos nossos atuais professores. Contudo, por que não é discutida, também, a manutenção curricular atual?
      Entre as muitas controvérsias que rondam o aprendizado online, não só no Brasil, estão as resistências descabidas sobre a diminuição do número de professores e menores salários, por exemplo, quando a preocupação deveria ser: o que devemos e podemos fazer para a integração da nossa capacidade de ensinar ao novo modelo que a evolução da sociedade nos impõe? Porque realizamos greves para que esta ou aquela instituição não promova a inserção da EAD?
            Diante destas premissas básicas surge, em nossas reflexões, a importância do mediador, aquele que deseja inserir-se para inserir, que deseja aprender para ensinar, aquele que ensina aprendendo, aquele que se renova e que se modifica, que luta incessantemente para que o empirismo seja deposto, aquele que colabora, interage, responde e ouve e que busca e estimula novas formas de aprendizagem, que tem a coragem para inovar através da pesquisa, que partilha o que pesquisou.
            Muito além destes atributos, inerentes aos desafios de mediar, podemos constatar que a evolução dos meios de comunicação retiraram alguns tijolos da base de sustentação familiar, que sempre, auxiliou na manutenção da conduta dos indivíduos, em sua formação para a sociedade. Esta ausência da família, pelo excesso de autonomia que a evolução impõe às pessoas, faz crescer a importância para a formação de professores-mediadores capazes de conduzir este processo. Buarque (2012), em seu artigo intitulado “Formação e invenção do professor no século XXI”, destaca cinco desafios para a formação do professor: o uso dos novos equipamentos; a dinâmica do conhecimento; a presença da mídia; a ausência da família e o conhecimento precoce e a priori dos alunos. 
            Neste ciberespaço que nos leva a conduzir estas considerações sobre o mediador, que nada mais é que o professor adaptado e readaptado em função da dinâmica das novas condições necessárias às suas atividades, encontrou respaldo no artigo intitulado “O novo papel do professor na EAD”, de autoria de Tarcia e Cabral, publicado na obra “Educação à distância: o estado da arte”, onde o professor, detentor dos conhecimentos, passa a dividir espaço com inúmeras fontes e maneiras de veiculação de saberes. As autoras destacam, ainda:
[...] tal peculiaridade nos chama a atenção para a importância do professor como mediador do conhecimento, como gestor de situações que possam ampliar a sensibilidade do estudante por lhe fornecer parâmetros para a pesquisa confiável, por exemplo. [...] O grande desafio é, portanto, como fazer, como agir, como ser agente e permitir que os discentes também o sejam. (2012, p. 323).

           
O viés que ora se discute cresce em importância, visto que novos paradigmas surgirão para que, numa constante e crescente modificação, novas formas para ensinar mediaticamente surjam e proporcionem a absorção de novos conhecimentos.
De acordo com Behrens (2010, p. 55), “A produção de conhecimento com autonomia, com criatividade, com criticidade e espírito investigativo provoca a interpretação do conhecimento e não apenas a sua aceitação.” Assim podemos entender o rápido avanço das redes sociais, propagação dos depósitos de conteúdos de produção literária, das rápidas contribuições que são adicionadas incessantemente aos mais diversos locais disponibilizados por organizações com ou sem fins lucrativos.
 Ensino e Educação estão atrelados pelas algemas do conhecimento hoje dinâmico e pulsante e, mais que tudo, aceito por indivíduos sedentos, que estão por libertar-se pelo conhecimento. A Internet deverá permanecer como uma das mais, senão a mais revolucionária ferramenta de produção e distribuição de conhecimento, bem como de união entre as mais variadas nações e suas populações.
A aprendizagem na EAD requer de seus professores, mediadores e tutores, o entendimento da importância de uma atuação aprimorada. Souza (2010) destaca que a aprendizagem mediada, caracterizada fortemente em EAD, é o caminho pelo qual os estímulos são transformados pelo mediador, por suas intuições, emoções e cultura. Claramente o aspecto relacionado ao professor e seu desempenho como mediador no EAD, é fator relevante para a continuidade dos ensinamentos online.
            Ressalvadas as proporções que cada uma representa no atual cenário do ensino, caberá ao professor-mediador já experiente, ou ainda, aquele que está inserido nas atividades mediáticas, o repensar constante. Assim como a dinâmica da troca de informações, o aproveitamento das novas oportunidades para capitalizar recursos poderá causar atrasos. Tudo em nome da economia e da evolução dos estados.
            O aprendizado colaborativo é o destaque, porém este por si só não implica na maior produção cultural ou até mesmo uma melhora acentuada nas relações mediador/discentes. Tudo o que está sendo discutido, passa por momentos e esferas de amplas discussões e aprofundamentos teóricos, urgentes para a formação de professores que atuem como mediadores, online ou não, e que pensam e se responsabilizam com a promoção de uma sociedade mais igualitária.
            Todo este esforço na busca de soluções gera dúvidas ou controvérsias sobre o que as novas ferramentas poderão proporcionar. É interessante destacar o que Quéau deixou como contribuição na obra A Religação dos Saberes, obra organizada e idealizada por Edgar Morin:

O desafio a enfrentar é realmente o de fazer com que nasça uma verdadeira cultura a partir de algo que, até agora, não passa de uma espécie de ventania tecnológica e informacional. A cibercultura só merecerá realmente este nome quando terá sabido encarnar as aspirações profundas dos cidadãos planetários em que nos estamos transformando. (2010, p. 464).

            Para quem então tem grande valia o trabalho do mediador? Com certeza àqueles menos favorecidos e que necessitam de auxílio durante este processo de infoinclusão no campo do ensino. Esta responsabilidade destaca-se na função que exercem ou exercerão os futuros mediadores e desta forma, os aspectos de convivência social e humanitária ganharão destaque.
            O Mediador será aquele que receberá o status de conciliador, orientador, facilitador, ciberprofessor. Afinal temos a consciência que as mazelas sociais continuarão a fazer vítimas e as excluirão privando-as dos benefícios que as novas tecnologias proporcionarão aos indivíduos e que fará com que seus atos, pesquisas e atitudes revertam os novos conhecimentos e saberes em prol de uma sociedade mais justa e igualitária.
            A importância do mediador ganha destaque em todas as frentes de trabalho no ensino presencial e à distância. No EAD, foco da nossa discussão neste artigo, percebe-se que não somente durante a realização do curso, mas, até mesmo nas situações de evasão de alunos, este profissional deve atuar.
Não podemos deixar de apontar possíveis fatores que influenciam o sucesso dos alunos, relacionados aos programas dos cursos e que foram identificados por Moore e onde fica latente a importância do professor-mediador:

·                A relevância do conteúdo percebida para a carreira ou para interesses pessoais;
·                A dificuldade do curso e do programa (isto é, quantidade de tempo/esforço necessária);
·                O grau de apoio ao aluno;
·                A natureza da tecnologia usada para a transmissão do curso e a interação;
·                A extensão das etapas ou da programação envolvida;
·                A quantidade e a natureza do feedback recebido dos instrutores/orientadores relativamente às tarefas e ao avanço no curso;
·                A quantidade e a natureza da interação com instrutores, orientadores e outros alunos. (2010, p.185).

Os fragmentos sobre a importância do professor-mediador vão sendo pinçados e reforçam a importância que o assunto requer. Lemos, (2010, p. 15), salienta que: “a cultura contemporânea, associada às tecnologias digitais (ciberespaço, simulação, tempo real, processos de virtualização, etc.), vai criar uma nova relação entre a técnica e a vida social que chamaremos de cibercultura”.
É nesta cultura ou cibercultura, que os novos paradigmas se fixam e colocam o grande desafio: como se tornar um mediador, um animador, um tutor, um ciberprofessor, se não se sabe qual é o papel do professor? Esta pergunta carece de respostas, mas antes de tudo, de perguntas feitas pelos professores, onde podemos ainda instigar e suscitar a seguinte indagação: como podemos fazer com que os alunos estejam em sala de aula, virtual ou presencial, e que ainda valha a pena querer ir além?
Cabe a pergunta se o professor, que é um imigrante digital, está preparado para lidar com o aluno, um ser nativo digital? Qual a importância e relevância que deve haver nesta relação mediador/mediado, onde cada um estará no papel de gerenciador, de acordo com o que será desenvolvido? O professor está preparado para aprender a aprender com o seu aluno? A mediação pressupõe um fator de interação e esta importância que a mediatização tem na educação é quebrar, derrubar barreiras, onde todos, professores, mediadores e alunos possam caminhar juntos, numa descoberta constante e com compromisso de ampliar e significar o seu aprender e saber.
Feitas estas considerações vamos então aos conteúdos extraídos dos quais desejamos obter elementos dos personagens que ali, no Fórum, contribuiram, durante o período compreendido entre 13 e 19 de outubro e 2011, no sentido de identificar elementos que possam embasar nosso objetivo.

As manifestações dos participantes, prós e contras
Abaixo apresentamos em um Quadro o resultado da seleção de alguns dos participantes do Fórum em questão no qual é possível observar a relação da palavra chave selecionada e do sentido percebido pelos autores do artigo.

Quadro 1. Ações e reações dos participantes, prós e contras.
Palavra chave
Participante
Sentido que atende o objetivo do Fórum da discussão no documento
Significado
PG
Utilização de tecnologias para atuar e mediar
Resistência
PDCAM
Dos docentes o que impede a capacidade de potencializar a sua ação e dos discentes
Mudanças
PDCAM
Rapidez e as dificuldades de adaptação e acompanhamento
Atingir
PDCAM
Falar para todos, exigência múltipla de adaptação
Transformações
PDCAM
Alcançar e dominar todas as tecnologias, porém, conhecer tudo também pode significar estar estagnado
Acesso
PG
Garantia de acesso para todos
Diferença
PBRPG
Com o sentido da ação do professor sobre a modificação do docente e não o acesso irrestrito
Pesquisa
PJP
Tecnologia sem mediação de um professor não é frutífera; há necessidade de mediação
Benefícios
PFBVF
O professor mediar, passar a usar e compreender
Necessidade
PG
Mediação e orientação para otimizar a utilização
Nova forma
PBRPG
A ação online requer um repensar as ações de natureza pedagógica e tecnológica
Mediação
PWTS
Exige desempenho docente criterioso e competente, trabalho colaborativo e com autonomia
Mediação
PCMZ
Demanda abertura para aprender, flexibilidade e uma postura reflexiva, articulação dos princípios de ensino-aprendizagem
Fonte: os autores, 2014.

Considerações para reflexão
Durante este exercício de reflexão elencamos o seguinte objetivo: identificação de conteúdos que contemplem ser a mediação e a tecnologia elementos que se fundem num processo agregador e que potencializa a ação de professores e alunos. Traçamos ao longo do texto considerações iniciais que situam a exploração do tema na atualidade visto o imenso avanço das tecnologias da comunicação e informação e das infinitas possibilidades de aplicação nos mais variados campos, sendo aqui discutidos à luz da aplicação no campo da educação, seja presencial ou online. Discorremos brevemente sobre a metodologia e avançamos nas considerações sobre a importância da mediação e do mediador. Exploramos em seguida os discursos inseridos pelos participantes do Fórum e deles extraímos, ao nosso entendimento, elementos que consideramos oportunos e relevantes do entendimento dos participantes, sendo estes na maioria professores atuantes nos diversos níveis da educação. Escolhemos uma forma simples e prática para elencar variáveis de importância para os participantes e que, cuja conotação, expressa uma ação ou uma ideia relevante na percepção do produtor do discurso.
O resultado da exploração de dados do Fórum nos apresentam elementos que se encontram com a ideia expressa em nosso objetivo: “mediação e a tecnologia elementos que se fundem”. Desta forma o conteúdo da tabela nos contempla com o que entendemos atender ao nosso desafio: Tecnologia sem mediação de um professor não é frutífera; há necessidade de mediação; A ação online requer um repensar as ações de natureza pedagógica e tecnológica; Mediação e orientação para otimizar a utilização.
Tão importante quando a fusão da ação e da utilização se apresenta a mediação que no entendimento dos participantes: exige desempenho docente criterioso e competente, trabalho colaborativo e com autonomia bem como demanda abertura para aprender, flexibilidade e uma postura reflexiva, articulação dos princípios de ensino-aprendizagem. Como benefício foi apontado que o professor deve mediar, passar a usar e compreender o significado de mediar e o ato com TICs.
As dificuldades não poderiam deixar de ser contextualizadas e o seguinte foi elencado quanto a resistência dos docentes: o que impede a capacidade de potencializar a sua ação e dos discentes; neste quesito também pode ser acrescentado que as mudanças podem diante da rapidez com que acontecem causar dificuldades de adaptação e acompanhamento.
Por fim, estas considerações não finalizam a discussão, mas abrem uma nova janela, cuja visão nos permite afirmar: é necessário ouvir mais, aprender mais, aperfeiçoar e continuar num constante renovar, fato que se comprova diante das preocupações apontadas quanto ao aprimoramento dos docentes para atuar neste novo cenário.
    
Referências

BEHRENS, Marilda Aparecida. O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica. RJ, 4. Ed. Vozes, 2010.
BEHRENS, Marilda Aparecida. Paradigma da Complexidade. RJ, 2. Ed. Vozes, 2008.
BUARQUE, Cristóvam. Formação e invenção do professor no século XXI. Disponível em: <http://www.sinpeem.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=481> Acesso em: 20Mar14.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Lei 9394/96.
LITTO, Michael Frederic. Educação à Distância: o estado da arte. SP, Ed. Pearson, 2009.
LITTO, Michael Frederic. Educação à Distância: o estado da arte, volume 2. SP, Ed. Pearson, 2012.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários para a educação do futuro. São Paulo, Cortez, Brasília, DF UNESCO, 2010.
MOORE, Michael G. Educação a Distância: Uma Visão Integrada. SP, Ed. Cengage Learning, 2010.
PERRENOUD, Philippe.  As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação.  Porto Alegre, Artmed, 2002.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre, Artmed, 2000.
SIEVERT, G. L. Formação online para professores que atuam com alunos em tratamento de saúde. Orientadora: Elizete Lúcia Moreira Matos. Curitiba: PUCPR, 2013.
SOUZA, Ana Maria Martins de. A mediação como princípio educacional: bases teóricas das abordagens de Reuven Feuerstein.  SP, Ed, Senac, 2004.
TÉBAR, Lorenzo. O perfil do professor mediador: pedagogia da mediação. Ed. Senac, SP, 2011.






[1] Administrador de Empresa, Especialista em Gestão de Custos e Preços e Formação Pedagógica do Professor Universitário. Mestre em Educação, Professor Universitário: glsievert@gmail.com

[2] Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia, Aprendizagem Cooperativa e Tecnologias Educacionais e Linguística aplicada à produção de textos. Mestre em Educação. Professora da PUCPR dos cursos de Pedagogia e Licenciaturas e de cursos de Especialização, Doutoranda em Educação. Contato: fabiane.lopes@pucpr.br