Verdade e sua relação com a realidade
O que é a verdade e qual a
sua relação com a realidade?
É o abstrato? O
inconsciente? O absoluto? A dignidade? A indignação? A tolerância ou a
intolerância? A mentira necessária? O que há para que possamos definir a
verdade? Deus ou a capacidade inata de raciocínio atribuída aos homens por ele?
Deparar-se com a dura realidade do nosso dia a dia e acreditar que dias
melhores virão? Dúvidas? Sim, acreditar gera dúvidas. Então como definir algo
tão complexo? Ao longo da história da humanidade observamos que “donos da
verdade tentaram impor a outros povos o melhor para viver, crer e vencer”. Será
a Lei da Evolução uma verdade? Será a morte um final absoluto, redentor e
verdadeiro? Poderia encerrar este breve texto agora, deterministicamente ao
afirmar: a verdade está unicamente em cada um de nós, na fé e na lapidação
interior de nossa joia mais preciosa, nosso eu, nossa individualidade. Mas a
individualidade não é composta de vida e de morte, alegrias e tristezas,
tolerância e intolerância? Esta dualidade nos leva de volta à estrada do
questionamento: a verdade pode ter dois sentidos? Pode ser única para dois
seres humanos, racionais e tolerantes? Dificilmente. O que é a verdade para
governantes e governados? É o que um dá e o outro espera receber? É um conjunto
de favorecimentos ou benefícios?
A verdade é um momento. Para
quem quer seja, esteja onde estiver, bem ou mal, poderá ser para este ou
aquele, aquilo que o satisfaz. Aquilo que queria ouvir ou alcançar, ou
conquistar. A virtude é a verdade? Basta em si para ser única? Acredito que
sim, e que a verdade esta contida em cada um de nós, de forma distinta, tão
simples e tão fácil de ser encontrada, o que a torna tão indefinível e
longínqua. Para a nossa realidade material, nosso dia a dia em constante
evolução, informações transbordando, resta o equilíbrio, a capacidade de
discernimento, o bom senso e a convivência em harmonia.
Genaldo Luis Sievert