Genaldo Luis Sievert
Celebração, uma reflexão
A vida tem desde seu início uma referência
festiva seja de adoração ou de comemoração.
Assim desde os primordios da existência da raça humana
sobre a face da terra encontramos elementos diversos de celebração.
Celebramos por gratidão a um único dia ou por uma
completa existência.
Celebramos
mas também fomos celebrados quando nascemos pois a vida se manifestou.
Celebramos as passagens da vida humana em sua curta
temporalidade terrena e comemoramos cada passagem como uma vitória, sim, pois a
vida é uma luta natural e instintiva.
Para celebrar oramos, agradecemos pelos dias de sol ou de
chuva, pelos amigos, pelo afastamento das tentações, pela saúde dos familiares,
e pelo perdão àqueles que praticam o mal.
Celebramos a natureza, que prodiga, nos brinda com quatro
estações em um interminável ciclo laborioso que é como o girassol que acompanha
o nascer e o por do sol.
Celebramos tanto que as vezes nos esquecemos de agradecer
a Deus, ou àquele que o bem nos faz.
Celebramos contando nossas histórias, nossos feitos e
conquistas diversas.
Cada passagem da vida é uma celebração, não importa a
origem ou a cor da raça a qual pertencemos, afinal somos únicos na nossa
individualidade.
Cada vida é uma passagem em busca da perfeição.
Assim celebramos, também, na Maçonaria.
Celebramos nas Iniciações, pois, cada uma delas é uma
conquista e para cada uma delas possuímos uma alegoria que transmite uma
mensagem.
Celebramos nestas Iniciações os elementos terra, água,
fogo e ar, celebramos a vida em seus ciclos.
Celebramos com alegorias e com lenda. Celebramos com
ensinamentos.
Celebramos com união, celebramos aceitando, tolerando e
lapidando.
Celebramos buscando o entendimento da vida, individual e
coletiva.
Celebramos discutindo, polindo o pensamentoo e garimpando
o entendimento.
Celebramos o passado e o presente, o futuro, assim, com
certeza será melhor.
Celebramos a
continuidade por meio dos estudos.
Celebramos a Lenda da qual extraímos elementos que
celebram a vida, o reencontro, a justiça e a compreensão.
Celebramos a Lenda na qual encontramos a alegria e a
tristeza, a sabedoria e a reconstrução.
Celebramos o fim de uma longa jornada em busca da verdade
e da reparação.
Celebramos quando elevamos nossa ideia contemplativa de
fé na vida e no bem comum e agradecemos ao Senhor do Universo, no qual
depositamos a esperança de nossa existência; celebramos e dirigimos a Ele nossa
gratidão e a nossa esperança por um mundo mais justo.
[1]
“Adesão aos dogmas de uma doutrina religiosa considerada revelada”. Conforme
Dicionário da Língua Portuguesa. Porto Editora – Mobile.
[2]
“Aquilo em que se crê”. “Confiança”. “Atitude de espírito de quem admite (com
grau variável de certeza) uma coisa como verdadeira”. Conforme Dicionário da Língua
Portuguesa. Porto Editora – Mobile.
[3]
Aqui entendido como: “Representação intelectual, abstrata e geral, de um objeto
de pensamento”. Conforme Dicionário da Língua Portuguesa. Porto Editora –
Mobile.
[4]
“Que constitui uma ideia ou a determinação de uma ideia... Que não existe na
realidade, imaginário”. Idem.