quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Celebração, uma reflexão

Genaldo Luis Sievert


Celebração, uma reflexão

        A vida tem desde seu início uma referência festiva seja de adoração ou de comemoração.
            Assim desde os primordios da existência da raça humana sobre a face da terra encontramos elementos diversos de celebração.
            Celebramos por gratidão a um único dia ou por uma completa existência.
            Celebramos mas também fomos celebrados quando nascemos pois a vida se manifestou.
            Celebramos as passagens da vida humana em sua curta temporalidade terrena e comemoramos cada passagem como uma vitória, sim, pois a vida é uma luta natural e instintiva.
            Para celebrar oramos, agradecemos pelos dias de sol ou de chuva, pelos amigos, pelo afastamento das tentações, pela saúde dos familiares, e pelo perdão àqueles que praticam o mal.
            Celebramos a natureza, que prodiga, nos brinda com quatro estações em um interminável ciclo laborioso que é como o girassol que acompanha o nascer e o por do sol.
            Celebramos tanto que as vezes nos esquecemos de agradecer a Deus, ou àquele que o bem nos faz.
            Celebramos contando nossas histórias, nossos feitos e conquistas diversas.
            Cada passagem da vida é uma celebração, não importa a origem ou a cor da raça a qual pertencemos, afinal somos únicos na nossa individualidade.
            Cada vida é uma passagem em busca da perfeição.
            Assim o é a celebração ou ato de celebrar a fé[1] ou a crença[2].
            Assim celebramos, também, na Maçonaria.
            Celebramos nas Iniciações, pois, cada uma delas é uma conquista e para cada uma delas possuímos uma alegoria que transmite uma mensagem.
            Celebramos nestas Iniciações os elementos terra, água, fogo e ar, celebramos a vida em seus ciclos.
            Celebramos com alegorias e com lenda. Celebramos com ensinamentos.
            Celebramos com união, celebramos aceitando, tolerando e lapidando.
            Celebramos buscando o entendimento da vida, individual e coletiva.
            Celebramos discutindo, polindo o pensamentoo e garimpando o entendimento.
            Celebramos o passado e o presente, o futuro, assim, com certeza será melhor.
            Celebramos a  continuidade por meio dos estudos.
            Celebramos a Lenda da qual extraímos elementos que celebram a vida, o reencontro, a justiça e a compreensão.
            Celebramos a Lenda na qual encontramos a alegria e a tristeza, a sabedoria e a reconstrução.
            Celebramos o fim de uma longa jornada em busca da verdade e da reparação.
            Celebramos a continuidade da ideia[3] e do ideal[4] sem o que perderíamos o nosso norte.
            Celebramos quando elevamos nossa ideia contemplativa de fé na vida e no bem comum e agradecemos ao Senhor do Universo, no qual depositamos a esperança de nossa existência; celebramos e dirigimos a Ele nossa gratidão e a nossa esperança por um mundo mais justo. 



[1] “Adesão aos dogmas de uma doutrina religiosa considerada revelada”. Conforme Dicionário da Língua Portuguesa. Porto Editora – Mobile.
[2] “Aquilo em que se crê”. “Confiança”. “Atitude de espírito de quem admite (com grau variável de certeza) uma coisa como verdadeira”. Conforme Dicionário da Língua Portuguesa. Porto Editora – Mobile.
[3] Aqui entendido como: “Representação intelectual, abstrata e geral, de um objeto de pensamento”. Conforme Dicionário da Língua Portuguesa. Porto Editora – Mobile.
[4] “Que constitui uma ideia ou a determinação de uma ideia... Que não existe na realidade, imaginário”. Idem.