ANOTAÇÕES DE UM
MESTRANDO - I
PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA
DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
PPGE
– MESTRADO E DOUTORADO EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: PARADIGMAS
EDUCACIONAIS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
PROFESSORA: Dra. MARILDA
APARECIDA BEHRENS
ALUNO: GENALDO LUIS SIEVERT
PARADIGMAS CONSERVADORES –
29/03/2012
QUADRO SINÓPTICO
Abordagem
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Tradicional
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Escolanovista ou Humanística
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Tecnicista ou Comportamentalista
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ALUNO
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Um ser receptivo e
passivo. Obedece sem questionar. Realizador de tarefas, preferencialmente sem
questionar seus objetivos. Mesmo o adulto é visto como aluno miniatura. Ao
aluno cabe repetição automática dos dados que a escola forneceu ou a
exploração racional destes. Apresenta com frequência compreensão parcial do
conteúdo.
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Passou a ser a figura
central do processo ensino-aprendizagem, levados em conta os aspectos
psicológicos. Deve ser responsabilizado individualmente para trilhar caminhos
e experiências significativas cujo objetivo é a aprendizagem. Deve ser um
sujeito ativo, em busca de descobertas que deem sentido à sua vida na
sociedade. Deve ser ativo, ter iniciativa própria, determinado. Deve
responsabilizar-se pelos objetivos referentes à aprendizagem que tem mais
significado para ele. Deve se compreendido como um ser que se autodesenvolve.
Este processo deve ser facilitado pelas novas metodologias.
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Ao educando caberia o
controle do processo de aprendizagem. Devem apresentar respostas prontas e
corretas. A incessante busca pelo conhecimento torna o aluno condicionado,
responsivo e crítico. Fica privado de criticidade, pois segue a risca os
manuais e instruções. Demonstra eficiência e competência requeridas pela
sociedade.
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PROFESSOR
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Apresenta conteúdo como
pronto e acabado. Proporciona a reprodução e repetição. Dono da verdade.
Distante dos alunos. Conteúdos apresentados de forma fragmentada.
Conhecimento inquestionável. O professor é o mediador entre os alunos e os
modelos. Detém o poder decisório. Compete a este informar e conduzir. As
relações sociais praticamente são suprimidas. Professor é o guia.
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O professor não transmite
conteúdo. Deve ser um orientador, assistente e facilitador da aprendizagem. O
conteúdo deve advir das experiências que o aluno constrói ou reconstrói. O
professor deve criar condições para os alunos criarem. Este apoio deve ser
espontâneo, positivo, acolhedor, assegurando a convivência harmoniosa. Tem
autonomia para criar seu próprio material em busca da relação para o
crescimento individual de cada aluno. Deve estar aberto às novas experiências
que vivenciará com este novo processo. Deve aceitar o aluno tal como é.
Aceitação e compreensão são fatores fundamentais na relação professor-aluno.
Combs (1965, Apud. Mizukami) o professor é, primariamente, uma personalidade
única. [...] daí não ser possível ensinar ao
professor um repertório de estratégias de ensino. Este desenvolverá seu
próprio método.
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Caracteriza sua atuação
pela transmissão e reprodução do conhecimento. É um elo de ligação entre a
verdade cientifica e o aluno. Aplica o sistema instrucional. A forte influência
cartesiana leva o professor ao determinismo e ao racionalismo. Técnica pela técnica
em busca do desempenho. Responsabilidade de planejar e desenvolver o sistema
de ensino-aprendizagem com o objetivo de maximizar o desempenho do aluno
(tempo, esforço, custos).
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METODOLOGIA
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Caracterizada por aulas
expositivas e demonstrações do professor. Fundamentada em quatro pilares:
escute, leia, decore e repita. Reprodução automática por parte dos alunos; é
considerado um indicador de que houve aprendizagem; o produto foi entregue e
acabado. Privilegia a lógica, sequencia e ordenação dos conteúdos. Não leva
em consideração o aluno que deve: escutar, ler, decorar, repetir. O ponto fundamental desse processo será o
produto da aprendizagem. Privilegia a memorização, repetição e a exatidão.
Dar e tomar a lição. Professor agente, aluno ouvinte. Perguntas diversas para
chegar ao objetivo proposto. Classe como um auditório.
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Nesta nova proposta
assumem importância secundária. Centra-se nas unidades de experiências que o
professor vai produzir junto com seus alunos. Grande importância às unidades
de experiências e trabalhos em grupos. Respeita o ritmo do aluno. O método
proposto pelo professor deve levar em conta as características dos alunos. A
característica básica dessa abordagem é a importância atribuída à relação
pedagógica. É necessário um clima favorável ao desenvolvimento das pessoas,
de um ambiente que possibilite aprender com liberdade. Respeito incondicional
pelo outro. Apesar de criticar a transmissão dos conteúdos não defende a
supressão destes. Estes conteúdos deverão ser significativos; que assumirá a
postura da pesquisa, crítica e aperfeiçoamento ou mesmo substituição com a
orientação do professor.
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Ganha amplitude neste
contexto, pois inclui a aplicação da tecnologia educacional e estratégias de
ensino, quando formas de reforço no relacionamento professor-aluno. A
individualização do ensino surge nesta abordagem, decorrente de uma coerência
teórico-metodológica (objetivos específicos, envolvimento do aluno, feedback
constante, respeito ao ritmo individual de cada aluno). Ensinar para a
competência (especificação dos objetivos em termos comportamentais), como um
conjunto de atividades que facilitam a aquisição de um ou vários objetivos de
ensino. O que se quer ensinar; em que nível se quer que o aluno aprenda e
quais as condições às quais os alunos devem responder. O treino aparece como
uma meta para atingir a aprendizagem. Valoriza as aulas expositivas e os
exercícios repetitivos. O planejamento
das atividades foi o grande salto da escola tecnicista (objetivos, conteúdo,
procedimentos, recursos e avaliação). Utilização de mídias exigindo do
professor habilidades específicas.
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AVALIAÇÃO
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Impede a criação dos
alunos visto que é tradicional. Busca respostas prontas. Inibe a reflexão
para a resposta. Apresenta-se como única forma de avaliação. Visa exatidão da
reprodução do conteúdo. As notas obtidas funcionam como níveis de aquisição
do patrimônio cultural. Mede-se pela quantidade e exatidão das informações
que se consegue reproduzir.
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Autores como Rogers e
Neill são contrários a qualquer tipo de padronização. Rogers defende a
auto-avaliação. Considera-se, pois, que só o indivíduo pode conhecer a sua
experiência e que só este pode julgar a partir de critérios internos e externos.
O aluno deverá assumir responsabilidades pelas formas de controle de sua
aprendizagem, avaliar o alcance de seus objetivos. Tem como pressuposto
essencial a busca de metas pessoais. A proposta de avaliação deve ser feita
desprezando a padronização. Ressalva: este pressuposto foi aplicado em
escolas muito bem equipadas destinadas à elite. Em larga escala de aplicação
houve dificuldade, visto a falta de equipamentos e preparo dos professores
para assumir esta nova proposta. O discurso era este, porém, a prática
continuava tradicional.
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A educação é proposta como
em uma fábrica: o aluno acaba por resultar como um produto. A avaliação
acontece em dois momentos: 1° para estabelecer pré-requisitos para alcançar
objetivos. 2° momento avaliação ao que se propôs nos objetivos instrucionais
ou operacionais. A abordagem tecnicista leva à repetição. O risco para o
aluno permanece como uma variante de preocupação. A questão é como unir
tecnologia e políticas para o ensino. Os alunos são modelados com o decorrer
das instruções. A avaliação, assim, ocorre no final do processo instrucional
com a finalidade de conhecer se os comportamentos foram os desejados.
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ESCOLA
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Local onde que, por
excelência, se realiza a educação. Local austero, conservador e cerimonioso.
Função de preparar intelectual e moralmente. Disciplina rígida. Local de
apropriação do conhecimento. Reprodutora. Agencia sistematizadora de uma
cultura complexa. Utilitarista quanto a resultados e programas
preestabelecidos. É vertical – do professor para o aluno. Considera o ato de
aprender como uma cerimônia distanciando o professor dos alunos. Ênfase na
intervenção do professor para garantir a apropriação do conteúdo.
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Influenciada por
pensadores como Rogers, Dewey, Montessori, Piaget. No Brasil por volta de
1930 num momento de renovação de ideias, novas aspirações e antagonismos
políticos, econômicos e sociais. Surge como um movimento de reação à
pedagogia tradicional. Busca dar ênfase ao indivíduo e à sua atividade
criadora. Mostrou-se significativa, pois procura alterar a condição existente
da escola tradicional. A prática educativa passou a ser a criança. Objetivo:
mudança do indivíduo com autodesenvolvimento e realização pessoal. Esta
tendência dá ênfase a relações interpessoais e ao crescimento que delas
resulta centrado no desenvolvimento da personalidade do indivíduo. O
emocional do indivíduo é a preocupação. Orientação para o autoconhecimento
para uma visão autêntica de si mesmo com busca da realidade individual e
grupal. Deve possibilitar a autonomia do aluno.
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É aceita como uma agência
educacional que deverá adotar e manter controle de acordo com os
comportamentos que pretende utilizar e manter. Manter, conservar e em parte
modificar os padrões aceitos como úteis e desejáveis. Procura direcionar o
comportamento humano às finalidades de caráter social. O conteúdo pessoal
passa a ser o conteúdo socialmente aceito. Tem o papel fundamental de treinar
os alunos, funcionando como modeladora do comportamento humano. À educação
compete: organizar o processo de aquisição de habilidades, atitudes e
conhecimentos específicos, úteis e necessários para a integração do indivíduo
na máquina social globalizada. A escola tecnicista absorveu os impactos do
capitalismo e visa transpor estes do conhecimento de “fábrica” para educação escolar.
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Referências:
BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática
pedagógica. Petropólis, RJ, 4. Ed. Vozes, 2010.
MIZUKAMI, Maria da Graça. Ensino: as abordagens do processo. SP.
EPU, 1986.
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