É preto, de ferro
Frio no aço
Mas quando quente
Mais parece o calor de um abraço.
As chamas crepitantes
Laranja e amarelo
Tornam em brasa
As achas do tempo.
Eu, sentado e pensativo
Mais parecendo
Um gato pacato
Quieto e aquecido.
No verão quieto
No aço frio a sensação de frescor
No inverno o fogo crepitante
No aço quente a sensação do calor.
Na manhã friorenta
De neblina densa
A gente senta perto do fogão
E olhando para o vazio, fica preguiçoso.
O sol rasga o espaço
Os cães fazem estardalhaço
Eu saio do cochilo surpreso
Com o fogo quase exaurido.
Genaldo Luis Sievert, julho de 2010.
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