quarta-feira, 20 de julho de 2011

Fogão a lenha


É preto, de ferro

Frio no aço

Mas quando quente

Mais parece o calor de um abraço.



As chamas crepitantes

Laranja e amarelo

Tornam em brasa

As achas do tempo.



Eu, sentado e pensativo

Mais parecendo

Um gato pacato

Quieto e aquecido.



No verão quieto

No aço frio a sensação de frescor

No inverno o fogo crepitante

No aço quente a sensação do calor.



Na manhã friorenta

De neblina densa

A gente senta perto do fogão

E olhando para o vazio, fica preguiçoso.



O sol rasga o espaço

Os cães fazem estardalhaço

Eu saio do cochilo surpreso

Com o fogo quase exaurido.



Genaldo Luis Sievert, julho de 2010.


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