segunda-feira, 22 de agosto de 2011

EVASÃO NOS CURSOS DE EAD, UMA ABORDAGEM ANALISANDO FATORES QUE A PROVOCAM.

Resumo

Se considerarmos que a Internet existe desde 1980 podemos afirmar que é jovem, porém, com muito conteúdo. A partir da sua disponibilidade ao público em geral ganhou projeção a partir do momento em que centenas de empresas elaboraram seus sites de relacionamento ou de conteúdo. O Google existe desde 1998 e não é sem sentido entender que os 18 anos seguintes a projeção da Internet, foram de amadurecimento, de posicionamento para uma infinidade de empresas públicas e privadas. O EAD é centenário, temos relatos a partir de 1840 na Grã-Bretanha, Isaac Pitman utilizou o sistema postal para ensinar seu sistema de taquigrafia. Em outros países isto também ocorreu. No Brasil o evento mais conhecido é da fundação do Instituto Universal Brasileiro em 1941. Muitas iniciativas empreendedoras foram realizadas ao longo do século XX, mas foi ao seu final que a Internet suplantou todas as anteriores, sem eliminá-las, em velocidade e conteúdo. Este fenômeno colocou a serviço do público em geral as facilidades de acesso à informação, às possibilidades de publicar seu próprio conteúdo. Elevou a arte de ensinar ao status de autonomia dirigida quando Universidades e outras Instituições de Ensino Superior colocaram a disposição do público em geral a oportunidade de saciar o desejo de acesso ao mundo do conhecimento. Uma nova etapa inicia-se com este advento e como não poderia deixar de acontecer as correções e reavaliações sobre a condução do processo de Ensinar à Distância se faz necessária. Não só no Brasil, mas em outros países, também, Instituições, Governos e Sociedade terão que se adequar para sedimentar com suas atitudes e geração de novos conhecimentos este novo ciberespaço.

Introdução

Em 20 de dezembro de 1996 surge oficialmente a EAD no Brasil através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Era promulgada naquele momento a Lei n. 9.394 que foi normatizada através do Decreto 2.561 de 27 de abril de 1998, acrescido de detalhamentos pela Portaria Ministerial 301 de 7 de abril de 1998. A Lei 9.394, LDB, insere de forma específica, através do Artigo 80, a EAD. O Artigo 80 foi regulamentado pelo Decreto 5.622 de 19 de dezembro de 2005 e caracteriza a EAD como “a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos” (DIAS E LEITE, 2010, p. 17). Segundo Mattar (2011, p. 68) o Brasil tem várias empresas que oferecem softwares e campi virtuais. Observa-se que muitas Universidades Brasileiras oferecem cursos de graduação e especialização e até mesmo de mestrado e doutorado via online, estas últimas ainda não reconhecidas. Exemplo disto é a Universidade Federal de Santa Cataria através do LED (Laboratório de Ensino a Distância). Estas atividades estendem-se pelo Brasil. Mattar (2011) afirma a presença em São Paulo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e em Pernambuco o Projeto Virtus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Na esteira do desenvolvimento da EaD surgiu a Abed, Associação Brasileira de Educação a Distância e a Associação Brasileira dos Estudantes de Educação a Distância. Em 8 de junho de 2006 por meio do Decreto 5.800, o Ministério da Educação instituiu o Sistema Universidade Aberta do Brasil.

Esta nova forma de ensinar a aprender e aprender ensinando surge através da inovadora e revolucionária infovia encontrada no ciberespaço proporcionado pelo advento da internet. A partir dos anos 80 e após anos de estudos realizados e de utilização desta ferramenta para fins militares e governamentais o sistema foi disponibilizado para a sociedade e chegou ao Brasil com força a partir dos anos 90. Quinze anos depois, 2005, é regulamentado o EAD no Brasil. As transformações provocadas trouxerem avanço para a área educacional e rapidamente muitas instituições de ensino obtiveram autorização para ofertar a modalidade. O Brasil de dimensões continentais enfrenta com determinação seus problemas. Os dirigentes são pressionados pela sociedade, pois, a internet e as redes sociais proporcionaram ao público em geral esta poderosa ferramenta e através dela expressam seus anseios. Algumas ações específicas e de incentivo por parte do Governo proporcionaram o acesso a milhares de brasileiros ao fantástico mundo da interação virtual. Mas como inserir ou disponibilizar neste mundo virtual o conhecimento acadêmico nos seus variados níveis? Como medir o nível de satisfação e absorção do conhecimento? Como entender e medir os níveis de satisfação dos alunos e professores? Por que as pessoas deixam de realizar um curso online às vezes mesmo antes de iniciar, mesmo tendo efetuado a sua matricula? O que faz com que uma grande maioria termine? Encontramos em Brandão (2010, p. 22-23) a seguinte citação: “A modernidade se caracteriza por uma ruptura com a tradição que leva à busca, no sujeito pensante, de um novo ponto de partida alternativo para a construção e a justificação do conhecimento. O indivíduo será, portanto, a base deste novo quadro teórico, deste novo sistema de pensamento”. Quanto podemos ser reflexivos com a inclusão nesta inovadora forma de aprendizado?

Belinski destaca o seguinte, com relação à interação aluno instituição e aluno/alunos:

Desde a pré-inscrição é importante manter contato sistemático e permanente com ele para estimular sua continuidade. Em alguns casos, é até necessário enviar panfletos impressos para mostrar o que o curso e a instituição exigem na realidade. Com a matricula do aluno é possível tornar virtual esse contato por e-mail ou celular. O importante é planejar como será a interação, se mais constante ou pontual. Para o aluno é importante criar um sentimento de pertencer a um grupo, principalmente em cursos mais longos, como uma graduação de quatro anos. (BELINSKI, 2009, p. 92-93).

Torres destaca a importância do trabalho colaborativo para a educação a distância e aponta que há inúmeras soluções pedagógicas que podem auxiliar na superação do paradigma do trabalho individualizado. Salienta que as soluções online visam a construção do saber no grupo ou no indivíduo quando destinado a neutralizar a redução do distanciamento físico e temporal. (TORRES, 2003, p. 36-37).

Desenvolvimento

O acesso à informação vem modificando de forma acelerada a percepção sobre aquisição de bens materiais, direito à educação, moradia, saneamento, transporte, saúde, participação e ofertas de acesso ao trabalho.

Esta mesma percepção é que motiva um cidadão a procurar uma instituição de ensino à distância. É a vontade de inserir-se no contexto que se apresenta que, provavelmente, o conduz ao processo de desejar aprender ou de dar continuidade ao seu aprendizado. É sabido que milhares de brasileiros ainda encontram-se à margem do mundo virtual proporcionado pelo surgimento de Internet. No Brasil é notório que a partir de 1990, somente, é que centenas de privilegiados puderem ter acesso a este novo horizonte do desenvolvimento. Hoje discutimos nos cursos de especialização de formação pedagógica ou em matérias isoladas de mestrado, também na área de educação, as dificuldades pertinentes ao acesso e às características deste novo aluno, nativo digital ou não. Há uma tendência em outras nações que aponta para alunos trabalhadores com mais idade e também alunos mais maduros. No Brasil não será diferente, há em muitas escolas e universidades esta presença. Moore (2010, p. 175) relata que nos Estados Unidos metade da população adulta tem participado de alguma atividade formal de aprendizado em EAD. Assim como nos Estados Unidos da América, no Brasil a EAD é dedicada aos alunos adultos e pode ser aplicada aos casos especiais, previstos em Lei, aos alunos da escola fundamental e média.

Evasão: uma análise dos resultados da AbraEAD versus resultados de EAD nos USA

No Brasil há uma carência de informações a respeito dos motivos que levam alunos a matricular-se em um curso de EAD e não freqüentá-lo, desistindo antes mesmo do início ou até a metade deste segundo informações disponíveis no Anuário da AbraEAD. Ao pesquisarmos o assunto nos deparamos com dados importantes no que diz respeito às evasões ocorridas nos cursos a distância. Moore (2010, p. 175), apresenta os seguintes dados relativos às características dos alunos de educação a distância apurados através de pesquisa realizada em fevereiro de 1998 pelo Conselho de Educação e Treinamento a Distância (DETC – Distance Education and Training Council) que pesquisou 61 instituições associadas e constatou que:

A média de idade dos alunos era de 31 anos.

48% dos alunos eram do sexo masculino.

90% estavam empregados na ocasião da matrícula.

31% tinham suas taxas escolares pagas por seus empregadores.

82% dos alunos tinham cursado uma faculdade.

O índice médio dos alunos que não iniciaram o curso foi de 16%; o índice médio de graduação foi de 38%.

Moore (2010, p. 174) destaca ainda que ao contrário dos jovens o adulto seja possuidor de experiência de trabalho e muitos buscam aprender mais a respeito. Ao contrário dos jovens os adultos conhecem mais sobre a vida, sobre eles mesmos, sobre o mundo. Sabem se relacionar com outras pessoas e com professores o que facilita a aprendizagem e os motiva a levar adiante a empreitada.

Diferentemente do Brasil nos Estados Unidos os alunos de modo geral já possuem uma formação básica consistente. Algumas instituições governamentais como as militares, por exemplo, foram dinâmicas e ao longo dos anos proporcionaram formação consistente aos seus componentes. Há relato de Moore (2010, p. 174) em que afirma que desde um representante comercial que tem disponível curso a distância para atualização sobre um produto ou novas condições comerciais até um profissional liberal que deseja atualizar-se em área específica, como Direito ou Engenharia, por exemplo, têm a sua disposição uma variada disponibilidade de oferta de cursos de atualização, extensão ou especialização.

De acordo com Moore (2010, p. 176), a ansiedade inicial aliada ao nervosismo do aluno iniciante em EAD é um fator determinante para a desistência ou continuidade dos estudos. O aluno poderá apresentar-se extremamente nervoso ao ter que apresentar-se pela primeira vez, ao ter que emitir seu parecer ou opinião a respeito de estudo realizado, ao participar de um chat ou para incluir sua opinião em um fórum. Segundo o autor é neste momento que ocorre a maior probabilidade de desistência em EAD, estatisticamente. Após a superação da fase inicial e vencida a ansiedade e auxiliado por experientes instrutores é que a confiança cresce. Caberá neste instante ao instrutor, mediador ou tutor a missão de explicar as intenções do ensinamento, da instituição, da importância de cumprimento de prazos, sobre o ambiente virtual de aprendizagem, deve esclarecer também que erros fazem parte do aprendizado. Em alguns casos o conhecimento prévio dos materiais e do ambiente minimiza o impacto aos iniciantes.

            Na continuidade destaco um aspecto que Moore (2010, p.178), que identifica como relevante para os participantes de um curso em EAD, apreciação, estímulo e prazer e conveniência de aprender a distância:

Um número reduzido desses alunos mencionou o receio, em parte porque são alunos de pós-graduação bem-sucedidos e experientes. Louretta disse sentir algum receio e ansiedade: “Achei o curso estressante”; Richard F. sentiu “ansiedade com relação ao projeto final”; Caroline: “me senti perdida” inicialmente.

Eles apreciam a atividade de interação aluno-aluno. Caroline: “[gostei de] expressar minhas idéias e de partilhar opiniões com colegas de classe”; Susan também comentou: “Gostei da interação no quadro de avisos pela internet”.

Eles gostaram do humor, que ajuda a diminuir a tensão e desenvolver um ambiente alegre, muito propício ao aprendizado.

Eles gostaram de variedade, expressa, neste caso, pela apreciação da mescla entre mídias e o número de diferentes palestrantes convidados.

O autor destaca, ainda, que as duas atitudes adultas mais importantes e típicas que essa análise demonstra sejam uma apreciação da eficiência e a valorização de um ambiente de aprendizado agradável.

Alguns fatores afetam o sucesso dos alunos que freqüentam um curso em EAD. Fracasso e sucesso caminham lado a lado. Entre muitos fatores citados para um fracasso está o fato de ser, a participação, voluntária. Moore salienta que:

No passado era comum que nesses casos o índice de desistência permanecesse entre 30% e 50%; atualmente, o índice deve estar próximo de 30% (e para cursos universitários com contagem de créditos é comparável aos cursos tradicionais, isto é, menos 10%). Durante muitos anos, administradores e pesquisadores têm se empenhado para compreender por que alguns alunos desistem, na esperança de melhorar a porcentagem de alunos que terminam o curso. (MOORE, 2010, p. 181).

O assunto em questão é relevante e não é privilégio, apenas do estudioso norte americano, a preocupação em detectar as causas da evasão nos cursos de EAD. No Brasil há apenas duas edições onde o assunto é discutido, no Anuário da AbraEAD. O perfil do aluno é importante para o aprimoramento dos professores e dos processos de ensino apresentados pelas Instituições de Ensino.

Na intenção de apresentar dados com os quais seja possível traçar um comparativo  da evolução entre as duas situações em discussão vamos apresentar fatores identificados e apresentados por Moore (2010, p. 181), que são prognósticos prováveis de conclusão de um curso em EAD nos EUA:

Intenção de concluir. Os alunos que expressam determinação para concluir um curso geralmente conseguem fazê-lo. Por outro lado, os alunos inseguros a respeito de sua capacidade para concluir apresentam grande probabilidade de desistência.

Entrega antecipada. Os alunos que entregam a primeira tarefa escolar antecipadamente ou pontualmente têm maior probabilidade de concluir o curso de modo satisfatório. Como exemplo da pesquisa, Armstrong et al. (1985) constataram que 84% dos alunos que entregaram a primeira tarefa nas primeiras duas semanas concluíram o curso com sucesso, enquanto 75% dos que levaram mais de dois meses para entregar a tarefa não concluíram o curso.

Conclusão de outros cursos. Os alunos que terminam com sucesso um curso de educação à distância têm probabilidade de concluir os cursos subseqüentes.

Fatores como os apresentados são relevantes para as administrações das instituições e principalmente para os professores para a identificação dos alunos que estão em situação de risco e que requerem um apoio adicional a fim de estimulá-los para o desenvolvimento das tarefas e cumprimento dos prazos de entrega das mesmas. Moore enfatiza que não é surpresa que uma das melhores estimativas em EAD era a formação educacional do aluno, ou seja, quanto mais educação formal as pessoas têm, maior a probabilidade de conclusão de um ou mais curso em programas de ensino a distância. Não é surpresa que os alunos mais independentes e não influenciadas pelo ambiente ao seu redor são mais bem preparadas para a EAD em relação às pessoas menos independentes. (MOORE, 2010, p. 183).

Não apenas o perfil do aluno define a desistência ou a conclusão. Outras características como preocupações com o curso definirão o sucesso da empreitada. Para o aluno a conclusão. Para a instituição a satisfação de, provavelmente, ter este mesmo aluno em outros cursos de EAD. Não podemos deixar de apontar possíveis fatores que influenciam o sucesso dos alunos, relacionados aos programas dos cursos e que foram identificados por Moore (2010, p. 185):

A relevância do conteúdo percebida para a carreira ou para interesses pessoais;

A dificuldade do curso e do programa (isto é, quantidade de tempo/esforço necessária);

O grau de apoio ao aluno;

A natureza da tecnologia usada para a transmissão do curso e a interação;

A extensão das etapas ou da programação envolvida;

A quantidade e a natureza do feedback recebido dos instrutores/orientadores relativamente às tarefas e ao avanço no curso;

A quantidade e a natureza da interação com instrutores, orientadores e outros alunos.

Na seqüência é destacado por Moore (2010, p. 187), que se os alunos perceberem que o curso tem conteúdo irrelevante ou de pequeno valor aos seus interesses pessoais, se for muito difícil e exigir muito tempo de dedicação, se se frustrarem ao tentar concluir, se exigências administrativas o tornam burocrático, se perceberem pouco ou nenhum feedback sobre atividades do curso, se não houver interação com o instrutor, orientador ou outros alunos, este aluno será um candidato a desistência do curso em EAD.   Moore (2010, p. 188), destaca os trabalhos realizados por St. Pierre e Olsen (1991) onde constataram os seguintes fatores para a satisfação dos alunos:

·           Oportunidade para aplicar conhecimento.

·           Entrega imediata das tarefas.

·           Diálogos com o instrutor.

·           Conteúdo relevante do curso.

·           Um bom guia de ensino.

No sentido contrario foi identificado por Hara e Kling (1999) e relatados por Moore (2010, p.188), as seguintes causas:

·         Ausência de um feedback imediato dos instrutores;

·         Instruções ambíguas para as tarefas;

·         Problemas técnicos.

Não menos importante é entender que todas as pessoas desejam o contato pessoal, porém, buscamos neste novo universo cibercultural uma nova postura, novas oportunidades para progredir profissionalmente e como pessoa integrada às novas tecnologias e ao novo mundo. Explorar as novas possibilidades de interação é com certeza o desejo de muitas e muitas pessoas. Se assim não fosse não estaríamos observando um crescimento exponencial na aquisição de bens que nos proporcionem a condição de comunicação interativa e em tempo real.

No Brasil o acompanhamento dos alunos no que diz respeito ao perfil ou àquilo que envolve as dificuldades para freqüentar um curso de EAD é assunto recente, mas relevante. Já há uma preocupação com o aspecto evasão nos cursos EAD.

A investigação esta sendo realizada pela AbraEAD e os dados aqui citados foram publicados no Anuário de 2008. Recebe destaque que dos alunos do universo da pesquisa 85% abandonam o curso logo no início e 91% não chega nem à metade. A coleta foi realizada com 204 alunos indicados por 32 instituições sendo 102 evadidos e 102 formados de todos os níveis de ensino excetuando-se os alunos de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Nosso destaque é para a apuração sobre as seguintes facilidades ou dificuldades: qualidade do material pedagógico, recursos oferecidos; também foi solicitado que opinassem sobre a importância ou motivo para abandonar ou concluir e que comparassem a EAD aos cursos presenciais.

É notório que a evasão é precoce. Salienta-se nos dados a falta de recurso financeiro e de tempo bem como as dificuldades para solução de dúvidas por parte dos alunos.

Dos 102 alunos evadidos a maior concentração está na região Sudeste e Nordeste. Os cursos eram de graduação e técnicos.

Com o objetivo de identificar os motivos que levam os alunos a evadir-se foram efetuadas perguntas exploratórias em cinco segmentos:

Decepcionou-se com o método: acharam que este seria diferente, não se adaptaram ao método não-presencial ou preferem o contato com professores e alunos.

Não teve tempo: esbarraram no problema da falta de tempo ou na falta de dedicação para realizar o curso.

Curso difícil/não entendia bem: não gostaram do curso escolhido ou consideraram o material muito difícil.

Material/recursos ruins: não aprovaram os recursos oferecidos pela instituição.

Problema com a localização/atividades presenciais: problemas com a locomoção até a instituição para as atividades presenciais. (ANUÁRIO AbraEAD, 2008, p.88).

Considerações Finais

            A consistência nas políticas educacionais fez com que os Estados Unidos obtivessem sucesso no EAD. No Brasil a política educacional voltada para este segmento é recente e passa por transformações. Aliado a este fato temos que considerar também os fatores relacionados à educação básica que é a base de formação do futuro aluno de EAD, seja na graduação ou na pós-graduação. Os maiores índices de evasão estão na graduação e nos cursos técnicos. Todos estes aspectos são relevantes, mas é importante salientar que a resistência dos profissionais da educação e a falta de preparo dos discentes é elemento a ser considerado para futuras correções. Alia-se a este fato a necessidade de uma política educacional firme e com currículo que contemple os aspectos sociais hoje existentes.


Referências


BRANDÃO, Zaia (org.). A crise dos paradigmas e a educação. SP, 11. Ed. Cortez, 2010.

BELINSKI, Ricardo. Suporte ao aluno. PR, IESDE, 2009.

MATTAR, João. Guia de Educação a Distância. SP, Cengage Learning, 2011.

MOORE, Michael G. Educação a distância: uma visão integrada. SP, Cengage Learning, 2010.

SANCHEZ, Fábio. Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância, 2008. 4. Edi – SP, Instituto Monitor, 2008.

TORRES, Patricia Lupion. Pioneirismo em educação a distância. Natal, CEFET-RN, 2003.

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