segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

 

A difícil arte de filosofar: Filósofos, filosofia, como saber um pouco mais

 

Genaldo Luis Sievert (Sievert, G. L.)

glsievert@gmail.com

 

Desde que iniciado nos chamados Graus Superiores ou Filosóficos da Maçonaria o que me chamou a atenção foi exatamente a questão “filosóficos” e como tal explicação so poderia ser esclarecida pelo estudo e pesquisa, assentei o pé na estrada das palavras e navegar por livros foi a missão, pois, o meu conhecimento é e será sustentado por conteúdos há muito produzidos, discutidos e debatidos a luz da filosofia, gerada esta pela curiosidade do homem em sua busca incessante na compreensão das coisas do universo e do seu Criador.

Desta forma e, antes de imaginar ou traçar quaisquer argumentos, penso ser importante o entendimento do significado para “filósofo” e “filosofia”.

Encontrei, em recente leitura, a citação abaixo e a transcrevo para reflexão, como um primeiro pinçamento:

“Filósofo, amante da sabedoria, quer dizer, da verdade. Todos os filósofos tiveram este duplo caráter: nenhum houve na Antiguidade que não desse exemplos de virtude aos homens e lições de verdades morais. Todos puderam enganar-se sobre a física; mas esta é tão pouco necessária à condução da vida que os filósofos não tinham precisão dela”[1].

Mas há algo que chegou antes da arte de filosofar, foi a dádiva concedida pelo Criador ao homem, o Pensamento ou a faculdade de pensar que coloca o homem como precursor da dúvida sobre tudo que existe ou existiu ou existirá.

Como o Pensamento é a fonte geradora das premissas do que desejamos expressar em nossas argumentações, vejamos o que Abbagnano nos apresenta sobre o termo: “Podemos distinguir os seguintes significados do termo: 1° qualquer atividade mental ou espiritual; 2° atividade do intelecto ou da razão, em oposição aos sentidos e à vontade; 3° atividade discursiva; 4° atividade intuitiva. [...] o termo pensar foi introduzido por Descartes: “com a palavra “pensar”, entendo tudo o que acontece em nós, de tal modo que o percebamos imediatamente por nós mesmos: por isso não só entender, querer e imaginar são pensar, mas também sentir é pensar”[2].

Assim, se penso, logo argumento. E o que significa argumento? Vejamos o significado de forma geral: “é qualquer razão, prova ou demonstração capaz de obter o assentimento e de induzir persuasão ou convicção”[3]. Na medida em que avançamos sobre o discurso, breve, aqui descrito, começamos a entender a complexidade e a extensão que pode tomar a prosa em questão. Mas, para nos, ditos filósofos, pensadores e argumentadores isso não é e nem será um problema, e, se o for será discutido e analisado em busca de uma possível solução.

Antes de avançar, afinal não temos um leão atrás de nos, vejamos mais uma citação interessante:

“Para ser um bom filósofo deve-se ter o desejo forte de saber, combinado à grande cautela em acreditar que se sabe; também se deve possuir a acuidade lógica e o hábito do pensamento exato. Tudo isso, claro, é uma questão de grau. A incerteza, em particular, pertence, até certo ponto, ao pensamento humano; podemos reduzi-la indefinidamente, embora jamais possamos aboli-la por completo. Em consequência, a filosofia é uma atividade contínua, e não uma coisa pela qual podemos conseguir a perfeição final, de uma vez por todas”[4].

Desta forma podemos entender que o “filósofo” deve, antes de mais nada, ser curioso, criativo, organizado e bom desenvolvedor de método ou métodos possíveis para sedimentar a sua jornada nos estudos. E a curiosidade nos impulsiona. Vamos apresentar teorias pertinentes ao significado da palavra filosofia.

“ A filosofia deve ser fragmentada e provisória como a ciência; a verdade derradeira pertence aos céus, não a este mundo”[5].

“Para Platão filosofia é o uso do saber em proveito do homem”. Segundo Abbagnano Platão observa que: “de nada serviria possuir a capacidade de transformar pedras em ouro a quem não soubesse utilizar o ouro, de nada serviria uma ciência que tornasse imortal a quem não soubesse utilizar a imortalidade”[6].

Quero deixar claro que o objetivo do texto é apresentar de forma simplificada a temática deixando de apresentar estudo aprofundado sobre as diversas escolas e vertentes filosóficas, visto que, aqui se apresenta um desejo de estimular aos filósofos e pensadores de todas as origens que a melhor forma de desenvolver o conhecimento é por meio do estudo constante e voluntário, ou seja, estudo autônomo e insistente. Ao final deste texto apresentarei sugestões para leitura e pesquisa.

Hobbes identificou e disse que filosofia “é o conhecimento adquirido através do raciocínio correto, dos efeitos ou fenômenos, a partir de suas causas ou origens, ou reciprocamente, o conhecimento adquirido sobre as origens possíveis, a partir dos efeitos conhecidos[7]”.

Descartes afirmou que filosofia é “tudo aquilo que o espírito humano pode saber”[8].

Diante da exposição apresentada percebe-se a necessidade do estudo posterior às jornadas realizadas nos Graus Superiores ou Filosóficos da Maçonaria. O entendimento pertinente a cada Grau é importante, ou melhor essencial, para que cada um de nos evolua com devida compreensão dos conteúdos apresentados, onde, muitos termos distintos e de origem hebraica, por exemplo, são apresentados e dão suporte teórico aos ensinamentos.

Todos nos, Maçons, quando iniciados, já nos apresentamos à Maçonaria secular com uma boa bagagem intelectual e boa formação familiar. Daí, então, presume-se que estamos preparados para a empreitada e, principalmente, para desvendar o que há além dos véus que dividem oriente e ocidente.

Um exemplo prático: vamos supor que a palavra Zadoque é apresentada designando um sumo sacerdote e, ao pé da página há a descrição ou não do termo para melhor compreensão. Supondo que não há, vejamos o que descreve Couto em seu Dicionário secreto da maçonaria:

“Primeiro Sumo Sacerdote do Templo de Salomão, Zadock significa justo e é relacionado com alguns graus filosóficos maçons”[9].

Seguindo, qual o significado de Ziza?

“Significa brilho, em hebraico. Na Maçonaria Filosófica, assume o significado de esplendor e é a palavra de passe dos primeiros graus inefáveis, além de fazer parte do 4º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito”[10].

Muito além da simplicidade acima demonstrada é sabido por todos que cada Grau é composto por aspectos morais e símbolos, sendo que, não há como empreender uma jornada profícua sem o estudo contínuo de cada um deles.

Desde quando iniciados frequentamos nossos Templos e ouvimos relatos sobre o aperfeiçoamento do nosso Templo interior; esta é a nossa jornada. Sob essa ótica caminhamos em nossa jornada em busca do aprimoramento pessoal e coletivo. Em cada Templo ou Loja trabalhamos e abrimos nossos trabalhos sob a proteção do Grande Arquiteto do Universo, realizando a abertura do Livro da Lei.

O que é o Livro da Lei? É a Bíblia, fácil e simples. Mas e sobre a Bíblia o que sabemos? Já a lemos? Encontramos relação dos diversos Graus da Maçonaria com o conteúdo bíblico?

Vamos ver um pouco sobre a Bíblia, de forma simplificada iniciando com os Livros que a compôem:

A Bíblia contém “a mente de Deus, o estado do homem, o caminho para a salvação, a perdição dos pecadores e a felicidade dos cristãos”. (Conforme MacArthur posição 447 do Kindle).

            Segundo MacArthur a Bíblia é um documento composto por 66 documentos inspirados por Deus, sendo destes 39 no conteúdo do Antigo Testamento (AT) e 27 no Novo Testamento (NT).

            O AT testamento tem em seus livros iniciais a narrativa da criação do universo e se encerra por volta de 400 anos antes da vinda de Jesus Cristo.

            Destacaremos abaixo os eventos narrados que proporcionará uma rápida, porém, abrangente noção, sobre o Livro da Lei, a partir do AT:

ü    Criação do universo;

ü    A queda do homem;

ü    O juízo do diluvio na terra;

ü    Abraão, Isaque e Jacó (Israel), patriarcas da nação eleita;

ü    A história de Israel;

ü    O cativeiro no Egito (430 anos);

ü    O êxodo e jornada pelo deserto (40 anos);

ü    A conquista de Canaã (7 anos);

ü    A era dos juízes (350 anos);

ü    O reino unido – Saul, Davi e Salomão (110 anos);

ü    O reino dividido – Judá/Israel (350 anos);

ü    O cativeiro na Babilônia (70 anos);

ü    O retorno e a reconstrução da terra (140 anos).

De acordo com MacArthur todos os detalhes são explicados nos 39 livros e divididos em cinco categorias:

a)           Lei (de Gênesis a Deuteronômio);

b)           História (de Josué a Ester);

c)            Sabedoria (de Jó a Cântico dos Cânticos);

d)           Profetas maiores (de Isaías a Daniel); e,

e)           Profetas menores (de Oseias a Malaquias).

Esclarece o autor, ainda que:

§     Após a conclusão do AT, houve 400 anos de silêncio;

§     Os 39 livros do AT, se concentram na história de Israel;

§     Os 27 livros do NT, se concentram na pessoa de Cristo e no estabelecimento da Igreja.

No AT, registra-se que Deus revelou a si mesmo pelos seguintes meios: criação: primariamente por meio do homem, que foi criado à sua imagem; anjos; sinais, prodígios e milagres; visões; palavras proferidas tanto pelos profetas quanto por outras pessoas; Escrituras (AT).

No NT, registra-se que Deus revelou a si mesmo pelos mesmos meios, porém com mais clareza e plenitude: criação: o Deus-homem, Jesus Cristo, que era a imagem de Deus; anjos; sinais, prodígios e milagres; visões; palavras proferidas por apóstolos e profetas; Escrituras (NT).

O leitor iniciante ou avançado nos Graus Filosóficos terá a oportunidade de realizar uma jornada histórica, para tanto, basta esmiuçar cada Grau.

As palavras específicas dirão mais do que o todo. Bastará então uma boa dose de boa vontade.

Assim, vejamos sobre os Templos da Bíblia e para simplificar o entendimento apresento abaixo um quadro resumo sobre o tema.

Templos da Bíblia[11]

Identificação

Data

Descrição

Referências

O tabernáculo (templo móvel)

Por volta de 1444 a.C.

Plano detalhado recebido do Senhor por Moisés. Construído por artesãos divinamente designados. Profanado por Nadabe e Abiú.

Ex 25 a 30;35:30 a 40:38; Lv 10:1-7.

O Templo de Salomão

966-586 a.C.

Planejado por Davi. Construído por Salomão. Destruído por Nabucodonosor.

2Sm 7:1-29; 1Rs 8:1-66.

O templo de Zorobabel

516-169 a.C.

Dado por meio de visão à Zorobabel. Construído por Zorobabel e os anciãos dos judeus. Profanado por Antíoco Epífanes.

Ed 3:1-8; 4:1-14; 6:1-22.

O templo de Herodes

19 a.C. -70 d.C.

O templo de Zorobabel restaurado por Herodes, o Grande. Destruído pelos Romanos.

Mc 13:2,4-23; Lc 1:11-20; 2:22-38; 2:42-51; 4:21-24; At 21:27-33.

O templo atual

Era atual

Encontrado no coração do cristão. O corpo do cristão é o único templo do Senhor, até que o Messias volte.

1Co 6:19-20; 2Co 6:16-18.

O templo de Apocalipse 11

Período de tribulação

A ser construído pelo anticristo durante a tribulação. A ser profanado e destruído.

Dn 9:2; Mt 24:15; 2Ts 2:4; Ap 17:1.

O templo de Ezequiel (milênio)

Milênio

Dado por meio de visão ao profeta Ezequiel. A ser construído pelo Messias durante o seu reinado milenar.

Ez 40:1 a 42:20; Zc 6:12-13.

O templo eterno da presença de Deus

O reino eterno

O maior de todos (“o Senhor Deus Todo-poderoso e o Cordeiro são o templo”). Um templo espiritual.

Ap 21:22; 22:1-21.

 

Bíblia: A coleção de escritos considerados pela Igreja cristã como inspirados por Deus. O termo “Bíblia” é de origem grega e quer dizer “livrinhos”. A Bíblia tem 66 livros e se divide em duas partes: ANTIGO TESTAMENTO (39 livros) e NOVO TESTAMENTO (27 livros). O AT foi escrito em HEBRAICO, com exceção de alguns trechos escritos em ARAMAICO. O NT foi escrito em GREGO. Kaschel, Werner; Zimmer, Rudi. Dicionário da Bíblia de Almeida (Locais do Kindle 1794-1799). Sociedade Bíblica do Brasil. Edição do Kindle.

Se avançarmos mais sobre o assunto poderemos exceder o que propomos inicialmente, porém, demonstrar o que podemos encontrar a partir do momento em que a curiosidade nos impulsiona é importante e enriquece o que propomos, o estudo como base do conhecimento que enriquece o intelecto e nos facilita o entendimento sobre o que a Maçonaria nos apresenta. Voce pode verificar que as informações contidas no quadro apresentado irão permear os conteúdos dos diversos Graus apresentados.

Ilustre leitor, com vossa permissão para continuar com um pouco mais de teorias a título de suportar o que apresentei anteriormente sobre o Livro da Lei – Bíblia. Não so a Bíblia como todo e qualquer assunto a ser estudado, apresenta características e necessidades próprias de estudo. Há a necessidade de entendimento adequado a cada momento e apoio teórico é fundamental.

Vejamos então, para tal estudo devemos avançar e entender, de forma simplificada sobre:

TEOLOGIA BÍBLICA.

TEOLOGIA SISTEMÁTICA.

TEOLOGIA HISTÓRICA.

TEOLOGIA PASTORAL.

TEOLOGIA EXEGÉTICA.

Palavras empregadas na época.

Para ampliar entendimento, observar em quadro apresentado abaixo e após a explicação de cada assunto citado anteriormente, uma relação entre narrativas da Bíblia e o que acontecia em outras partes do mundo.

TEOLOGIA BÍBLICA. Apesar de termos a Bíblia como a nossa fonte da teologia, é óbvio que ela não a apresenta de modo sistemático. Se pudermos fazer alguma comparação, a Bíblia está mais para uma teologia histórica que traça a história do pensamento teológico do povo de Deus desde o início. Um exame mais atento, porém, mostra que isso é verdade apenas em parte. Há algumas diferenças significativas entre a história na Bíblia e a história do pensamento cristão. A Bíblia afirma ser a própria verdade do próprio Deus. Desse modo, ela contém a história da revelação de Deus à humanidade, e não a história daquilo que as pessoas pensam sobre Deus. Ela consiste em uma ampla variedade de documentos que afirmam seguir o processo pelo qual Deus se revela ao homem e age para salvar um povo para si mesmo. A teologia bíblica está interessada nos atos salvadores de Deus e em sua palavra à medida que ocorrem na história do povo de Deus. Ela segue o progresso da revelação desde a primeira palavra de Deus ao homem até a revelação da glória plena de Cristo. Examina os vários estágios da história bíblica e a relação deles entre si. Com isso, a teologia bíblica provê a base para entendermos como os textos de uma parte da Bíblia se relacionam com todos os outros textos dela. A interpretação correta da Bíblia se assenta nas descobertas da teologia bíblica. Goldsworthy, Graeme. Introdução à teologia bíblica (Locais do Kindle 497-507). Vida Nova. Edição do Kindle

TEOLOGIA SISTEMÁTICA. Esse nome soa como algo que se ensina nas faculdades de teologia e cursos de divindade. E de fato é. Mas também é algo de grande interesse para os cristãos que apenas querem entender melhor o cristianismo. A teologia sistemática tem esse nome porque envolve a organização sistemática de verdades ou doutrinas sob determinados títulos ou tópicos. Às vezes, ela é chamada de dogmática e se refere ao arranjo metódico das doutrinas de determinado entendimento do cristianismo. Sua preocupação é declarar aquilo em que os cristãos creem como um sistema de doutrinas completo, que abrange todos os aspectos de nossa religião. O que acreditamos sobre Deus, a morte de Cristo, a ceia do Senhor ou os ministérios da igreja? A teologia sistemática é uma tentativa de responder à pergunta: “O que é a fé cristã?”. A teologia sistemática está por trás das confissões de fé que algumas denominações formularam em certas épocas críticas de sua história. As igrejas anglicanas têm os Trinta e Nove Artigos da Religião (1562), e as igrejas presbiterianas têm a Confissão de Westminster (1644). Se você quiser encontrar as doutrinas oficiais da Igreja Católica Romana, vai precisar ir aos cânones do Concílio de Trento (1545-1563) e aos decretos do Concílio Vaticano II (1963-1965). Goldsworthy, Graeme. Introdução à teologia bíblica (Locais do Kindle 463-473). Vida Nova. Edição do Kindle.

TEOLOGIA HISTÓRICA. Trata-se do estudo histórico do modo que a teologia tem sido feita na igreja cristã ao longo dos séculos. A teologia histórica examina o surgimento de doutrinas importantes em momentos específicos da história do cristianismo. Ela se interessa pelos conflitos ocorridos, a fim de procurar estabelecer a teologia verdadeira, e pela infiltração dos ensinamentos falsos em várias épocas. Grandes pensadores e movimentos cristãos, credos e concílios, cismas e controvérsias são todos parte da história da doutrina e do pensamento cristão, que é o interesse da teologia histórica. A teologia histórica está estreitamente relacionada com a história da igreja e a teologia sistemática. Goldsworthy, Graeme. Introdução à teologia bíblica (Locais do Kindle 476-481). Vida Nova. Edição do Kindle.

TEOLOGIA PASTORAL. Como um enfoque específico no campo da teologia, a teologia pastoral é relativamente nova. Ela se ocupa do modo que a Palavra de Deus toca as pessoas, onde elas estão e na condição em que se encontram, quaisquer que sejam estas. Seu interesse é a aplicação prática do evangelho em todos os aspectos da vida dos cristãos. No centro da teologia pastoral está a teologia do ministério, suas formas, seus dons, sua função e autoridade. Ela precisa estabelecer uma compreensão bíblica do homem em geral e da existência cristã em particular. Entre os seus objetivos práticos estão curar, apascentar e promover o crescimento. Os crentes que estão enlutados por causa da morte de um parente, os que sofrem de ansiedade ou depressão, os que não veem motivo para se encontrar regularmente com outros crentes, os que acreditam que o perdão dos pecados nos permite continuar pecando livremente, os que anseiam por uma comunhão mais íntima do que a oferecida por um culto formal ou os crentes que querem aprender como devem orar e tomar decisões são todos o alvo da teologia pastoral. Essa abordagem procura os princípios que devem ser extraídos de nosso conhecimento de Deus e podem ser aplicados de forma válida a cada um desses candidatos ao cuidado pastoral. Goldsworthy, Graeme. Introdução à teologia bíblica (Locais do Kindle 485-494). Vida Nova. Edição do Kindle.

TEOLOGIA EXEGÉTICA. A teologia bíblica às vezes é considerada parte de uma disciplina mais ampla chamada de teologia exegética. A exegese é o processo de extrair de um texto o que ele de fato diz em seu contexto original. Para fazer a exegese de qualquer texto, precisamos entender alguma coisa do modo pelo qual as palavras eram empregadas na época em que o texto foi proferido ou escrito pela primeira vez. Também precisamos ter informações sobre o contexto em que elas foram proferidas: os acontecimentos históricos e as verdades reveladas que circundam o texto em questão. A própria exegese envolve uma série de operações distintas. Algumas dessas operações o teólogo leigo terá de deixar para o especialista com formação técnica. Podemos expressar essas operações em forma de perguntas. Goldsworthy, Graeme. Introdução à teologia bíblica (Locais do Kindle 513-520). Vida Nova. Edição do Kindle.

Palavras empregadas na época: Hashem — palavra que significa “O Nome”. Israel — nome dado a Jacó que mais tarde identificou os filhos de Jacó e foi dado à terra onde eles viveram. Judeu — tradicionalmente uma pessoa que tem linhagem judaica ou que adere ao Judaísmo. Judaísmo — a religião dos judeus devotos que seguem a filosofia e as tradições da Torá, com raízes culturais em Israel. kaddish — uma oração clássica judaica recitada no final de cada seção principal de cada serviço litúrgico. kevah — tempo fixo, palavras fixas ou orações. kippah — cobertura judaica para a cabeça, usada para a adoração, quando se estuda a Torá, ou em outras ocasiões. Kohen (ou Cohen) — sacerdote israelita da tribo de Levi que ministrava no tabernáculo e no templo em Jerusalém. kosher — significa “adequado ou ritualmente correto”; leis dietéticas judaicas baseadas na Torá. Luchot — significa “tábuas” ou “tabletes”, referindo-se aos Dez Mandamentos. Matzah — pão sem fermento judaico usado durante a Páscoa. Stone, Perry. Desvendando o Código Judaico: 12 segredos que transformarão sua vida, sua família, sua saúde e suas finanças (p. 262). EDILAN. Edição do Kindle.

Livro - Data aproximada - Autor

 

Jó desconhecida - Anônimo

O livro começa com uma cena no céu que deixa tudo claro ao leitor (1: 6 a 2: 10). Jó estava sofrendo por causa de uma disputa entre Deus e Satanás. Ele nunca soube disso, nem seus amigos; por isso todos se esforçaram para explicar o sofrimento a partir da perspectiva da ignorância, até que, no fim, Jó apoiou-se unicamente em sua fé na bondade de Deus e na esperança da redenção. Como acontece com outros livros da Bíblia, Jó traz o nome do personagem principal da narrativa. Esse nome pode ter derivado da palavra hebraica usada para “perseguição”, significando, assim, “o perseguido”, ou de uma palavra árabe que significava “arrepender-se”, designando, dessa maneira, “o arrependido”. Os egípcios descobrem o uso do papiro e estabelecem as primeiras bibliotecas no Egito.

Gênesis - 1445-1405 a. C. ­ Moisés

Citado ou referido milhares de vezes no AT e NT, o Pentateuco foi o primeiro corpo de Escritura inspirada de Israel. Durante muitos anos, somente ele foi a Bíblia de Israel. Outro título comum para essa seção das Escrituras é Torá, ou Lei, nomenclatura que demonstra a natureza didática desses livros.

Até mesmo depois do dilúvio (capítulos 6 a 9), os eventos mundiais se concentram no Oriente Médio, as populações crescem consideravelmente após Babel (capítulo 11) e, nos dias dos patriarcas (cerca de 2150 a.C.), o Egito é o poder mundial. Os egípcios já estão usando papiro e tinta para escrever.

Êxodo

A Idade de Ferro tem início na Síria e na Palestina, enquanto pessoas em países mediterrâneos e escandinavos aperfeiçoam a arte da construção de navios.

Levítico

A cultura olmeca no México se desenvolve e a construção da Pirâmide do Sol é iniciada.

Números

Os chineses começavam a criar esculturas elaboradas com bronze.

Deuteronômio

A Etiópia se torna uma potência independente e a Dinastia Shang prospera na China.

Salmos - 1410-1385 a. C. - Vários

Da perspectiva divina, o saltério aponta para Deus como seu autor. Considerando a autoria a partir do lado humano, pode-se identificar uma lista de mais de sete compositores. O rei Davi escreveu pelo menos 73 dos 150 salmos. Aos filhos de Corá são atribuídos dez (Sl 42; 44 a 49; 84 a 85; 87); e Asafe contribuiu com doze (Sl 50; 73 a 83). Entre os outros autores estão Salomão (Sl 72; 127), Moisés (Sl 90), Hemã (Sl 88) e Etã (Sl 89). Os cinquenta salmos restantes permanecem anônimos em sua autoria, ainda que se considere que Esdras seja o autor de alguns. O período de Salmos se estende de Moisés, por volta de 1410 a.C. (Sl 90), ao período pós-exílio do fim do século VI ou começo do século V (Sl 126), que abrange cerca de 900 anos da história judaica. Os chineses compilam seu primeiro dicionário, contendo quarenta mil caracteres. O alfabeto hebraico é desenvolvido além das primeiras formas semíticas.

Josué - 1405-1385 a. C - Josué

No Egito, o reinado pacífico de Amenotep III aperfeiçoa e expande a cultura e o comércio egípcios (1420-1385 a.C.).

Juízes - Por volta de 1043 a. C. - Samuel

Na China, declara-se a lei seca e fábricas de seda se tornam amplamente desenvolvidas para o uso no comércio chinês.

Rute - Por volta de 1030-1010 a. C. – Samuel

Uma guerra civil é travada sob o reinado de Ramsés XI durante a 21ª Dinastia no Egito (1090 a 945 a.C.).

Cânticos dos Cânticos - 971-965 a. C. - Salomão

Salomão, que governou o reino unido por quarenta anos (971-931 a.C.), é citado pelo nome sete vezes nesse livro (1: 1,5; 3: 7,9,11; 8: 11-12). Diante de suas habilidades de escritor, do seu talento musical (1Rs 4: 32), e do significado de autoria, e não de dedicatória de 1: 1, essa parte da Bíblia pode ter sido escrita em qualquer momento durante o seu reinado. Uma vez que as cidades do norte e do sul são citadas nas descrições e viagens de Salomão, ambos os períodos retratados e a época em que o livro foi escrito apontam para o reino antes de sua divisão, o que ocorreu após o término do seu reinado. Como essa parte das Escrituras contém um cântico escrito por um único autor, é melhor considerá-la como um acréscimo à literatura poética e de sabedoria em vez de uma série de poemas de amor sem um tema ou autor comum. O culto grego aos deuses alcança pleno desenvolvimento. Os principais deuses incluem Zeus, Hera, Posídon, Apolo, Ares, Deméter, Atena, Hermes e Ártemis.

Provérbios - 971-686 a. C. - Salomão

O livro foi criado e compilado por Salomão e outros autores de 971 a 686 a.C., aproximadamente. A expressão “Provérbios de Salomão” está mais para um título do que para uma afirmação absoluta de autoria (1: 1). Apesar de o rei Salomão, que governou Israel de 971 a 931 a.C., e recebeu grande sabedoria de Deus (veja 1Rs 4: 29-34), ser o autor da seção didática (capítulos 1 a 9) e dos provérbios de 10: 1 a 22: 16, é bem provável que ele seja apenas o compilador dos “Ditados dos Sábios”, em 22: 17 a 24: 34, que pertencem a uma data incerta anterior ao seu reinado. A compilação nos capítulos 25 a 29 foi originalmente escrita por Salomão (25: 1), mas copiada e incluída mais tarde por Ezequias, o rei de Judá (por volta de 715-686 a.C.). O capítulo 30 reflete as palavras de Agur e o capítulo 31, as de Lemuel, que talvez fosse o próprio Salomão. Os provérbios foram reunidos em sua forma final nos dias de Ezequias ou mais tarde. Salomão escreveu seus provérbios antes que seu coração se afastasse de Deus (1Rs 11: 1-11), já que o livro revela uma perspectiva piedosa e está dirigido ao “simples” e “jovens” que necessitam aprender o temor do Senhor. Salomão também escreveu os salmos 72 e 127, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos. (veja “Autor de Data” de Eclesiastes e Cântico dos Cânticos.) Pequim, a atual capital da China, torna-se uma cidade estabelecida. Na transcrição fonética da língua chinesa para o alfabeto romano, a cidade se chama “Beijing”.

Eclesiastes - 940-931 a. C. - Salomão

O perfil autobiográfico do escritor do livro aponta de modo inequívoco para Salomão. As evidências são muitas, tal como: (1) os títulos indicam Salomão, “filho de Davi, rei em Jerusalém” (1: 1) e “rei de Israel em Jerusalém” (1: 12); (2) a odisseia moral do autor narra a vida de Salomão (1Rs 2 a 11); (3) o papel daquele que “ensinou conhecimento ao povo” e escreveu “muitos provérbios” (12: 9) corresponde à sua vida. Tudo isso aponta para Salomão, o filho de Davi, como o autor. Uma vez que Salomão é aceito como autor, a data e a ocasião ficam claras. Provavelmente, ele escreveu Eclesiastes nos últimos de sua vida (num período não posterior a 931 a.C.), com a principal intenção de advertir os jovens de seu reino, sem omitir os demais. Ele os alertou para que evitassem viver segundo o caminho da sabedoria humana e os exortou a viverem de acordo com a sabedoria de Deus revelada (12: 9-14). A cultura chinesa avança na forma de sistema de escrita e técnica de pintura oriental, e teorias matemáticas, tais como a multiplicação e a geometria são desenvolvidas.

1 Samuel - 931-722 a. C. - Anônimo

Nas regiões hoje conhecidas como Nevada e Califórnia, nos Estados Unidos, povos indígenas chamados “Paiutes” prosperam, deixando evidências de cabanas construídas com palha, madeira e barro. O uso de perucas se torna popular em meio à aristocracia egípcia e assíria.

2 Samuel - 931-722 a. C.- Anônimo

 

Obadias - 850-840 a. C.- Obadias

Não há informações precisas acerca do autor. Outras menções do AT a homens com esse nome parecem não se referir a esse profeta. A frequente alusão a Jerusalém, a Judá e a Sião no texto sugere que ele pertencia ao Reino do Sul (cf. versículos 10-12,17,21). Homero escreve os clássicos épicos gregos, a Ilíada e a Odisseia.

Joel - 835-796 a. C. - Joel

A datação da escrita do livro é estabelecida apenas com base na sua posição canônica, nas alusões históricas e nos elementos linguísticos. Considerando: (1) a ausência da menção de qualquer outro poder mundial posterior (Assíria, Babilônia ou Pérsia); (2) o fato de que o estilo de Joel se assemelha mais ao de Oseias e de Amós do que ao dos profetas pós-exílio; e (3) os paralelos verbais com outros profetas anteriores (Jl 3: 16/ Am 1: 2; Jl 3: 18/ Am 9: 13), uma data no final do século IX a.C., durante o reinado de Joás (por volta de 835-796 a.C), parece ser mais convincente. No entanto, embora a data do livro não possa ser conhecida com precisão, o impacto disso em sua interpretação é mínimo. O sistema de castas é desenvolvido na Índia, dando início a séculos de segregação racial.

Jonas - Por volta de 775 a. C. - Jonas

Jonas (que significa “pombo”), filho de Amitai (1: 1). Tanto a Septuaginta como a Vulgata lhe dão o mesmo nome. as informações autobiográficas encontradas em suas páginas apontam claramente para Jonas como seu autor. É provável que o relato em primeira mão de acontecimentos e experiências tão extraordinários tenha sido registrado pelo próprio Jonas. O versículo introdutório não precisa ser entendido como indicação contrária, pois livros de outros profetas, como Oseias, Joel, Miqueias, Sofonias, Ageu e Zacarias têm introduções semelhantes. O primeiro eclipse solar autêntico da história chinesa foi documentado em 6 de setembro de 775 a.C.

Amós - Por volta de 750 a. C. - Amós

Amós era de Tecoa, uma pequena vila situada a uns 15 quilômetros ao sul de Jerusalém. Ele é o único profeta que declara qual era a sua ocupação antes de ter sido comissionado por Deus para o ministério; não tinha vindo de uma família nobre ou sacerdotal, mas trabalhava como pastor de rebanhos (1: 1; cf. 2Rs 3: 4) e apanhador de figos silvestres (7: 14); foi contemporâneo de Jonas (2Rs 14: 25), de Oseias (Os 1: 1) e de Isaías (Is 1: 1). Seu escrito é datado de meados do século VIII a.C., durante os reinados de Uzias, rei de Judá (por volta de 790-739 a.C.), e de Jeroboão II, rei de Israel (por volta de 793-753 a.C.), dois anos antes de um memorável terremoto (1: 1; cf. Zc 14: 5, por volta de 760 a.C.). Os gregos começam a colonizar a região conhecida hoje como Espanha. A arte grega se desenvolve.

Miqueias - 735-710 a. C. - Oseias

O livro recebe o nome do profeta que, depois de ter recebido a palavra do Senhor, foi comissionado para proclamá-la. Miqueias, cujo nome é compartilhado por outros no AT (por exemplo: Jz 17: 1; 2Cr 13: 2; Jr 36: 11), é uma forma abreviada de Micaías (ou Micaía) e significa “Quem é como o Senhor?”. Em 7: 18, Miqueias faz um jogo de palavras com o seu próprio nome e pergunta: “Quem é comparável a ti, ó Deus?” O povo celta começa a deslocar-se em direção ao sul, da região hoje conhecida como Escócia, para colonizar o restante da Grã-Bretanha.

Oseias - 750-710 a. C. – Miqueias

O livro de Oseias é a única fonte de informação sobre o seu autor. Muito pouco se sabe sobre ele e ainda menos sobre seu pai, Beeri. O tema de Oseias é o amor leal do Senhor pelo povo de sua aliança, Israel, apesar de sua idolatria. Por causa disso, Oseias tem sido chamado de João (o apóstolo do amor) do AT. A cidade de Roma é fundada.

Isaías - 700-681 a. C. - Isaías

Isaías foi contemporâneo de Oseias e Miqueias, e seu estilo literário não tem rival quanto à versatilidade de expressões, talento quanto às imagens e riqueza de vocabulário. Jerônimo, um dos pais da igreja primitiva, o comparou ao legendário orador grego Demóstenes. Seu vocabulário é constituído de cerca de 2.186 palavras diferentes, comparado a 1.535 em Ezequiel, 1.653 em Jeremias e 2.170 em Salmos. Rômulo, o lendário fundador de Roma, institui um novo calendário em que o ano é dividido em dez meses. Na Itália, a odontologia avança com a criação da dentadura.

Naum - Por volta de 650 a. C. – Naum

O livro recebe o nome do profeta que proclamou o oráculo de Deus contra Nínive, a capital da Assíria. Naum significa “conforto” ou “consolo” e é uma forma abreviada de Neemias (“ conforto de Javé”). Não é citado no NT, mas é possível que haja uma alusão a Naum 1: 15 em Romanos 10: 15 (cf. Is 52: 7). O Japão se torna uma nação reconhecida (660 a.C.).

Sofonias - 635-625 a. C. – Sofonias

Sabe-se pouco sobre o autor, Sofonias. No AT, três outros indivíduos compartilham desse nome. Sofonias reconstitui sua genealogia até quatro gerações passadas, chegando ao rei Ezequias (por volta de 715-686 a.C.), e é o único profeta com sangue real (1: 1). A genealogia real deve tê-lo ajudado a obter a atenção de Josias, rei de Judá, durante cujo reinado o profeta pregou. Na Índia, o bramanismo se desenvolve com a conclusão dos Vedas, escritos sagrados da religião, educação e filosofia.

Habacuque - 615-605 a. C - Habacuque

Esse livro profético leva o nome de seu autor, que possivelmente significa “aquele que abraça” (1: 1; 3: 1). No fim da profecia, tal nome se torna apropriado, pois o profeta se apega a Deus não obstante sua confusão a respeito dos desígnios do Senhor para o seu povo. O templo de Ártemis, uma das sete maravilhas do mundo, é construído em Éfeso.

Ezequiel - 590-570 a. C. - Ezequiel

O autor recebeu o chamado para profetizar em 593 a.C. (1: 2), na Babilônia (“ a terra dos caldeus”), durante o quinto ano do cativeiro do rei Jeoaquim, que começou em 597 a.C. Com frequência, Ezequiel data suas profecias a partir do ano 597 a.C. (8: 1; 20: 1; 24: 1; 26: 1; 29: 1; 30: 20; 32: 1,17; 33: 21; 40: 1). Ele também data sua mensagem em 40: 1 como sendo 593/ 572 a.C., o 14º ano após 586 a.C., isto é, o ano da queda final de Jerusalém. A última profecia de Ezequiel foi feita em 571/ 570 a.C. (29: 17). Curiosamente, nem Ezequiel nem seu livro são citados em nenhum outro lugar da Escritura. Esopo, ex-escravo na Frígia, escreve suas famosas fábulas. Colonizadores gregos levam oliveiras para a Itália.

Lamentações - 586 a. C. – Jeremias

Jeremias escreveu Lamentações na condição de testemunha (cf. 1: 3-15; 2: 6, 9; 4: 1-12), possivelmente com a ajuda de seu secretário, Baruque (cf. Jr 36: 4; 45: 1), durante ou logo após a queda de Jerusalém, em 586 a.C. A cidade caiu em meados do mês de julho e o templo foi queimado em meados de agosto. Do mesmo modo, Jeremias viu serem destruídos os muros da cidade, suas torres, suas casas, seus palácios e o templo; ele escreveu enquanto tudo isso ainda estava dolorosamente vivo na sua memória, mas antes da sua partida forçada para o Egito, por volta de583 a.C. (cf. 43: 1-7). Pitágoras, o famoso matemático e criador do Teorema de Pitágoras, nasce em 581 a.C.

Jeremias - 586-570 a. C. Jeremias

Jeremias, que serviu como profeta e sacerdote, era filho de um sacerdote chamado Hilquias (não o sumo sacerdote citado em 2Rs 22: 8, que descobriu o Livro da Lei). Ele era originário da pequena vila de Anatote (1: 1), hoje chamada de Anata, que fica aproximadamente 4,5 km a nordeste de Jerusalém, nas terras herdadas pela tribo de Benjamim. Como uma lição prática para Judá, Jeremias nunca se casou (16: 1-4). No seu ministério, ele foi auxiliado por um escriba chamado Baruque, a quem ditava as suas profecias e que tanto registrava suas palavras como tinha sob sua custódia os escritos compilados das mensagens do profeta (36: 4,32; 45: 1). São desenvolvidos sistemas hídricos, fazendo a água chegar a determinadas cidades: Jerusalém, por meio de túneis subterrâneos, e Nínive, por meio de poços, que foram melhorados sob Senaqueribe por meio da construção de tubulações.

1 Reis _ 561-538 a. C. - Anônimo

O Império Persa é formado após a vitória sobre o rei da Lídia, os medos e a conquista da Babilônia pelo rei Ciro, o Grande (553 a 529 a.C.). Mais tarde, Ciro, o Grande, desenvolve um sistema de mensagens por meio de cavalos. Além disso, registra-se o primeiro uso do papiro pelos gregos.

2 Reis - 561-538 a. C. - Anônimo

 

Daniel - 536-530 a. C. – Daniel

Várias passagens indicam que Daniel é o autor do livro (8: 15,27; 9: 2; 10: 2,7; 12: 4-5), cujo nome significa “Deus é meu Juiz”. Daniel foi escrito para trazer encorajamento aos judeus exilados por meio da revelação do plano de Deus. O filósofo chinês Confúcio nasce e mais tarde dissemina suas filosofias pela Ásia.

Ageu - Por volta de 520 a. C. – Ageu

A profecia leva o nome de seu autor. Uma vez que esse nome significa “festivo”, sugere que Ageu nasceu num dia de festa. Depois de Obadias, é o livro mais curto do AT e é citado uma vez no NT (cf. Hb 12: 26). Abandonando as conveniências da vida palaciana, Buda deixa seu lar para iniciar seus estudos filosóficos. Em 521 a.C., prega seu primeiro sermão na cidade sagrada de Benares.

Zacarias - 480-470 a. C. – Zacarias

A tradição universal, tanto dos judeus quanto dos cristãos, apoia a autoria do profeta Zacarias. Outros 29 homens do AT têm esse mesmo nome, que significa “o Senhor se lembra”. Em termos de abrangência dos escritos proféticos acerca do Messias, esse livro fica aquém apenas de Isaías. Como Jeremias e Ezequiel, Zacarias também era sacerdote (Ne 12: 12-16). De acordo com a tradição, era membro da Grande Sinagoga, um conselho com 120 membros criado por Neemias e presidido por Esdras. Posteriormente, esse conselho se transformou no Sinédrio, o grupo de anciãos que governava a nação. Zacarias nasceu na Babilônia e acompanhou o seu avô, Ido, no primeiro grupo de exilados que regressaram para Jerusalém sob a liderança de Zorobabel e do sumo sacerdote Josué (cf. Ne 12: 4). Dois filósofos de importância mundial nasceram com um ano de diferença (em 550 e 551 a.C.) e morreram com um ano de diferença (em 480 e 479 a.C.): Gautama Buda, que deu origem ao budismo, e Confúcio, o renomado filósofo chinês.

Esdras - 457-444 a. C. – Esdras

As guerras médicas finalmente cessam (490 a 449 a.C.) depois de o ateniense Címon, filho de Milcíades, derrotar os persas em Salamina.

1 Crônicas - 450-430 a. C. – Esdras (?)

Os espartanos desenvolvem o uso de produtos químicos, tais como enxofre, piche e carvão para fins militares.

2 Crônicas - 450-430 a. C. – Esdras (?)

 

Ester - 450-331 a. C. - Anônimo

Os chineses concluem a construção da primeira muralha para impedir a entrada dos hunos na China (356 a.C.).

Malaquias - 433-424 a. C. - Malaquias

Alguns sugerem que o livro tenha sido escrito por um autor anônimo, sob a alegação que o nome Malaquias, que significa “meu mensageiro” ou “mensageiro do Senhor”, poderia ser um título, e não um nome próprio. É ressaltado o fato de que o nome Malaquias não ocorre em nenhuma outra parte do AT nem no contexto fornecido pelo autor. No entanto, já que todos os outros livros proféticos identificam o seu autor historicamente no cabeçalho de introdução, podemos supor que Malaquias é, de fato, o nome do último profeta de Israel a registrar a sua profecia. A tradição judaica o identifica como um membro da Grande Sinagoga que reuniu e preservou os escritos da Bíblia. Os gregos começaram a construir o templo de Zeus em Olímpia e um templo de mármore dedicado ao deus Apolo em Delfos.

Neemias - 424-400 a. C. – Esdras

Tanto a Septuaginta, em grego, como a Vulgata, em latim, chamam esse livro de “Segundo Esdras”. Embora na maioria das versões da Bíblia na nossa língua os livros de Esdras e Neemias estejam separados, é possível que tivessem sido reunidos num único livro, como estão atualmente nos textos em hebraico. Platão começa a estudar filosofia sob a orientação de Sócrates (407 a 399 a.C.).

 Fonte: o autor. Organizado a partir da obra de MacArthur[12].

            Caro leitor. Espero ter atingido o objetivo proposto. O assunto é vasto, a vontade de continuar enorme, porém, tudo que desejo por meio do texto apresentado é que voce entenda a real necessidade de avançar em seus estudos com disciplina e perseverança e, não se sinta constrangido, o erro e o acerto fazem parte desta jornada. Siga firme e esgote as possibilidades. Seja organizado, criativo e trace o seu caminho de pesquisa ou seu método, sem o que haverá pouca possibilidade de atingir o objetivo proposto.

 

Sugestões para leitura e consulta – ALÉM DAS CITAÇÕES NO RODAPÉ

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Ed. Jurídica Manole, SP, 2004.

CLARET, Martin, Org. Chaplin por ele mesmo. Ed. Martin Claret, SP, 2004.

ESOPO. Fábulas, Ed. Martin Claret, SP, 2004.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1 ° Ed. 14° Imp. Ed. Nova Fronteira. RJ.

FIQUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. Ed. Pensamento, SP, 2010.

HORN, Geraldo Balduino, Org. Textos Filosóficos em discussão. E. Elenco, Curitiba, 2006.

TORRINHA, Francisco. Dicionário Latino Português. Gráficos Reunidos, Portugal, 1942.

PLATÃO, Fédon, Diálogo Sobre a Alma e Morte de Sócrates, impresso no inverno de 2007, Editora Martin Claret Ltda, 151 páginas, São Paulo 2007.

PESSOA, Fernando, Cancioneiro, impresso no outono de 2008, L&PM Editores, 183 páginas, Porto Alegre 2008.

CASTELLANI, José, As Origens Históricas da Mística Maçônica, impresso em 2005, Editora Landmark, 158 páginas, São Paulo.

CAMPBELL, Joseph. O Poder do Mito. Ed. Palas Athena, SP, 26° Ed. 2008.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Ed. Martin Claret, SP, 2001.

ARISTÓTELES. Arte Retórica e Poética. Ed. Tecnoprint, s.d.

MORIN, Edgar. Cultura de massas no século XX: espírito do tempo I: neurose. Ed. Forense Universitária, RJ, 2011.

Ritual do Grau de Aprendiz – Maçom. 3° Ed. PR, 2001.

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 6° Ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes,2012.

CAMINO, Rizzardo da. Introdução à Maçonaria: história, filosofia, doutrina. São Paulo: Madras, 2005.

COSTA, Wagner Veneziani. Maçonaria: Escola de Mistérios: A Antiga Tradição e seus Símbolos. São Paulo: Madras, 2006.

HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções, 1789 – 1848. 32° Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.

HOBSBAWM, Eric J. A era do capital, 1848 – 1875, 21° Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

HOBSBAWM, Eric J. A era dos Impérios, 1875 – 1914, 17° Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

ISAACSON, Walter. Leonardo da Vinci. 1. Ed. Rio de Janeiro: Intrinseca, 2017.

MACNULTYy, W. Kirk. A Maçonaria, Símbolos, segredos, significado. WMF Martins Fontes, São Paulo, 2007. Revisão de técnica de Z. Rodrix.

 

 



[1] Voltaire, François-Marie Arouet. Dicionário Filosófico . Edição do Kindle.

 

[2] Para avançar sobre o assunto consultar Abbagnano, Nicola, Dicionário de Filosofia,  2012, p. 874 e seguintes.

[3] Idem, p. 90.

[4] Bertrand Russell. Dúvidas Filosóficas (Portuguese Edition) (Locais do Kindle 22-27). Edição do Kindle.  

[5] Idem.

[6] Abbagnano, Nicola, 2012, p. 514 e seguintes.

[7] Abbagnano, Nicola, 2012, p. 514 e seguintes.

[8] Idem.

[9] Couto, Sérgio Pereira. Dicionário secreto da maçonaria . Universo dos Livros. Edição do Kindle.

 

[10] Idem

[11] MacArthur, John. Manual bíblico MacArthur (posição, 3229). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.

[12] MacArthur, John. Manual bíblico MacArthur. Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.

 

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