segunda-feira, 12 de agosto de 2013



FORMAÇÃO DOCENTE CONTINUADA POR MEIO DE UM AMBIENTE VIRTUAL: UMA EXPERIÊNCIA PESSOAL NA FORMAÇÃO DOCENTE NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

SIEVERT, Genaldo Luis[1] - PUCPR SIEVERT, G.L.

Documento aprovado para publicação e apresentação no XI Congresso Nacional de Educação - Educere - PUCPR - 2013.

Grupo de trabalho: Formação de Professores e Profissionalização Docente

Agência financiadora: não contou com financiamento.


Resumo


Este documento traduz em forma de relato pessoal a experiência vivenciada em um curso de formação continuada de professores por meio de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), de uma Instituição de Ensino Superior de Curitiba, realizado nos meses de agosto e setembro de 2012. O objetivo deste relato é demonstrar se há relevância na formação continuada de professores por meio de AVAs. A pesquisa para avaliar a relevância é qualitativa. A metodologia envolveu coleta de dados no ambiente virtual e a extração de dados de um dos Chats realizado durante o Curso. Os autores que amparam este relato por ordem de citação são: Drucker (2010), Sancho (2006), Behar (2009), López-Barajas (2012), Navas (21012), Morin (2011), Palfrey (2011), Behrens (2010), Bernabé (2012), Enricone (2009), Paloff e Pratt (2004), Moore (2010) e Belloni (2010). O curso foi desenvolvimento em cinco módulos com aplicação de avaliação imediata após os estudos. Também era composto pela leitura de uma apostila composta por 65 páginas, em cinco módulos ao final dos quais eram fornecidos questões de fixação de conteúdo. A carga horária total de 36 horas e 47 professores participando. O Objetivo geral do curso: refletir sobre a necessidade e a validade do planejamento, reconhecendo os fatores intercorrentes para que se efetive de forma significativa. Os Objetivos específicos do curso: definir planejamento educacional; identificar justificativas frequentes para a não efetivação do planejamento; bem como a validade, as qualidades e as necessidades do planejamento; reconhecer o planejamento como uma ação-reflexão; conhecer a perspectiva do planejamento na dimensão conceitual, atitudinal e procedimental; reconhecer no planejamento participativo uma forma de prática pedagógica significativa para uma configuração. Durante a realização do curso estavam programados dois chats, sendo um considerado obrigatório e um fórum, não obrigatório. O critério para aprovação: 70%. Realizamos 17 acessos, tempo online: 09h32min: 20s.


Palavras-chave: Formação continuada. Ensino a distância. Planejamento. Ambiente virtual.

Introdução


A formação continuada é destaque neste novo cenário em que a denominada “sociedade do conhecimento”, Drucker (2010) prima por aperfeiçoamento constante, qualidade e integração via Web. Com o advento das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC), uma considerável soma de instituições de ensino, atuando nos mais diversos níveis tem ofertado cursos de capacitação. Aqui neste espaço estaremos descrevendo a vivência em um curso de formação continuada. O aprimoramento dos professores é direcionado para as salas virtuais de ensino.

As Instituições de Ensino Superior (IES) tem destinado aos profissionais docentes uma grande quantidade de cursos de curta duração, deixando assim, de custear estes na forma presencial. É fato que estas novas tecnologias atuam como um elemento facilitador, por um lado, e de outro ocorre uma transferência de responsabilidade pelo aprimoramento à figura do professor-discente. É este que deverá procurar inserir-se neste contexto. Não podemos deixar de salientar que, a maioria dos professores que atuam neste cenário é oriunda de uma formação pedagógica “dura” conforme aponta Sancho (2006).

Viver neste espaço com acesso constante e sem precedente às informações e às redes sociais não significa estar apto a utilizar mídias em prol de uma nova forma de ensinar.            

Mesmo considerando, que este relato, é baseado em uma recente realização de curso de formação continuada há que se salientar que estes cursos oferecidos como capacitação para professores de nível superior estão emparelhados com a formação oferecida em cursos presenciais. Não há inovação expressiva na forma em que se desenvolve o curso ou mesmo a avaliação. O que diferencia uma situação da outra é apenas e tão somente o espaço em que o ato se desenvolve. Sancho (2006, p. 20) alerta que:

[...] no momento em que em diferentes setores da sociedade são valorizadas a criatividade e a iniciativa, na escola se fomenta a homogeneidade. Quando se defende a desregulamentação como forma de aflorar a criatividade, a escola se torna cada vez mais controlada e com menos espaço para abordar sua própria transformação... Os educadores inquietos para renovar e melhorar a educação com o uso das TIC se sentem prisioneiros das estruturas administrativas e organizativas.

Por outro lado ressalta-se que esta nova modalidade de aprimoramento em Ensino a Distância (EAD) está proporcionando o surgimento de um novo espaço para a pedagogia, a organização e o planejamento das atividades, conforme é anotado por Behar (2009, p. 16):


Portanto, pode-se dizer que um novo espaço pedagógico está em fase de gestação, cujas características são: o desenvolvimento das competências e habilidades, o respeito ao ritmo individual, a formação de comunidades de aprendizagem e as redes de convivência, entre outras. É preciso enfocar a capacitação, a aprendizagem, a educação aberta e a distância e a gestão do conhecimento. Assim, estudos sobre construção do conhecimento, autonomia, autoria e interação contribuem para a construção de um espaço hierárquico, sendo que esse é pautado pela cooperação, pelo respeito mútuo, pela solidariedade, por atividades centradas no aprendiz e na identificação e na solução de problemas. Nesse processo, configuram-se os alicerces deste novo modelo que está emergindo.

Antes mesmo de continuar o desenvolvimento desta abordagem cabe o entendimento de educação continuada, descrito por López-Barajas (2012, p. 63):

A educação permanente (ou a educação continuada ao longo da vida) é a aprendizagem necessária para o desenvolvimento das competências das pessoas, de funcionários ou de usuários nos momentos oportunos para eles. Uma vez que esse processo de competência tecnológica é dinâmico e constante, ele exige que os cidadãos submetam-se a tal aprendizagem tecnológica se não quiserem se ver excluídos dessa sociedade de conhecimento cientifico e tecnológico.

Desenvolvimento

Durante os primeiros dias do curso online os acessos foram realizados visando à localização dos conteúdos, agenda para controle das atividades e a localização dos detalhes visuais disponíveis no ambiente.

A experiência anterior de ter construído um curso em um ambiente virtual de aprendizagem foi de uma riqueza inestimável neste momento. Durante este processo foi utilizado à realização de fórum, palestra presencial e uma aula via RádioWeb. Dos elementos citados os que mais se destacaram foram por ordem de importância o fórum e o programa de rádio. Uma percepção é que conhecer mais de um AVA é um aspecto relevante, pois, cada ambiente virtual possui características distintas, funcionalidades proprietárias e design que, respeitadas as características construtivas, auxiliam ou dificultam. Pode-se perceber, claramente, que facilidades para comunicação e usabilidade são relevantes nestes ambientes.

Neste sentido é importante destacar a argumentação de Navas (2012, p. 87):

Em função da vertiginosa rapidez das mudanças na cultura, na tecnologia e na produção na atual Sociedade do Conhecimento, também chamada de Sociedade da Informação, as pessoas deveriam adquirir e desenvolver, melhorar e atualizar suas competências para promoção pessoal, social e individual. [...] Por isso, a cada dia se torna mais patente a crescente importância da formação contínua no desenvolvimento das qualificações.


Independentemente das necessidades pessoais de adquirir novos conhecimentos é importante ressaltar o esforço que todos devemos realizar para nos inserirmos neste novo cenário multicultural, dinâmico e que se reinventa em curtos intervalos de tempo.

Novos cenários surgem à frente destes profissionais docentes e para enfrentá-los são necessárias estratégias, pois esta permitirá, segundo Morin (2011, p. 79): “A estratégia permite, a partir de uma decisão inicial, prever certo número de cenários para a ação, cenários que poderão ser modificados segundo as informações que vão chegar no curso da ação e segundo os acasos que vão se suceder e perturbar a ação”. 

Na atualidade nos é permitido ousar. Professor/aluno, principalmente aquele considerado imigrante digital, deve buscar superar seus limites ante as dificuldades eventuais no que diz respeito ao uso de tecnologias (equipamentos e mídias). Há hoje uma necessidade de desenvolvimento de habilidades para utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação e, não só o nativo digital as utiliza, os Colonizadores Digitais – não nativos do ambiente digital, porque cresceram em um mundo apenas analógico, mas que ajudaram a moldar seus contornos, também as utiliza Palfrey (2011, p. 13).

É necessário estar em consonância com as condições atuais mesmo que neste momento consideremos que transferir capacitação para um espaço virtual possa ser entendido como uma manobra destas novas instituições modeladas ao cenário capitalista.

Deixando um suposto ranço de lado descrevo a ação realizada para superar as dificuldades, visto que, estar realizando um curso de pós-graduação em nível de Mestrado, dirigir uma empresa e dar aulas à noite, impõe uma condição de busca de espaço/tempo para realizar o curso de capacitação. Mas cabe buscar em Behrens (2010, p. 55) o seguinte entendimento:

A produção de conhecimento com autonomia, com criatividade, com criticidade e espírito investigativo provoca a interpretação do conhecimento e não apenas a sua aceitação. Portanto, na prática pedagógica o professor deve propor um estudo sistemático, uma investigação orientada, para ultrapassar a visão de que o aluno é um objeto e torná-lo sujeito e produtor de seu próprio conhecimento.

Muito mais do que saber fazer o pedagógico é necessário aprender a utilizar novas ferramentas e proporcionar a adaptação destas ao novo contexto proporcionado pela evolução e disponibilidade de novas TIC.

A educação continuada de docentes no concernente à utilização de novas TIC é recente e requer cuidado específico visto a grande disponibilidade de ferramentas que surgiram com a Internet. Assim como estas ferramentas podem trazer boas e novas condições aos docentes também podem, em contrapartida, provocar inibições aos docentes e aos discentes.

Assim, Bernabé (2012, p. 80) aponta o seguinte:

O aprendizado dos professores é um processo ativo e baseado na experiência, mediante a qual o conhecimento é representado, construído e revisado. O aprendizado docente está sujeito a muitas influências. É complexo e resistente à padronização. Essa complexidade se reflete na interação entre o profissional e o pessoal, o individual e o social, o objetivo, o formal e o informal, e tem especial incidência na definição do aprendizado ao longo da vida dos professores. As tecnologias digitais podem desempenhar o papel de ferramentas que permitem aos docentes, na qualidade de estudantes, alcançarem seu potencial de aprendizado. O uso destas ferramentas pode ampliar ou melhorar as habilidades do corpo docente e também permitir criar novas maneiras de enfrentar as tarefas que, por sua vez, mudam a própria natureza de uma atividade. As tecnologias também proporcionam limitações e estruturação às atividades, influenciando em seu sentido e suas limitações. Essas possibilidades e limitações podem ser favoráveis e servir de complemento, se os docentes-alunos a usarem com este propósito, mas não existem de maneira absoluta ou como entidades com poder por si próprias.

Aproveitamento das TIC como elemento essencial na interação aluno/professor é caminhar rumo à nova sociedade onde as possibilidades de integração e humanização deverá ser uma realidade. A pedagogia na essência é a base das transformações do saber ensinar. Do saber fazer e do ser. Enquanto aprendiz o professor deve ser capaz de conhecer suas limitações pessoais e por isto mesmo ser um ser que reconhece a necessidade de constante aprimoramento.

Neste viés ao realizar este curso foi necessário o desdobramento em etapas não regulares e que foram sendo executadas à medida que um espaço de tempo surgia em meio às múltiplas tarefas docentes, aulas e tarefas do curso Stritu Senso, atividades comerciais e viagens. Dentre as muitas habilidades exigidas de um docente está a capacidade de planejamento e de readequação deste às alterações impostas pelo calendário e instituições. Enricone (2009, p. 7) nos auxilia para uma melhor compreensão:

Os saberes docentes são constituídos por conhecimentos, habilidades e competências que capacitam para a atividade profissional, construídos com base na formação inicial e ao longo da vida nas situações habituais de trabalho. Incluem experiências pessoais dos professores em seus processos de escolarização.

Observa- se que as maiores dificuldades dos docentes das Instituições de Ensino Superior estão relacionadas ao fato de não haver dedicação exclusiva na função o que provoca, sem dúvida, inúmeras dificuldades para os envolvidos, como já citamos anteriormente.

Mas alguns valores pessoais devem ser destacados e são importantes para que um aluno seja bem sucedido em um curso online, principalmente na modalidade à distância: disciplina, interatividade, organização, capacidade de escrever e compreender na diversidade comunicacional que se apresenta de forma assíncrona e síncrona, entre outras habilidades.

O objetivo do curso em questão era proporcionar uma visão ampla do que é planejar para a prática da docência e permitir ao aluno-professor compreender que a característica flexibilidade deve caminhar lado a lado com a aplicação de todos os demais recursos utilizados na condução da atividade do professor.

A intensidade do diálogo foi relevante e ao contrário de muitos outros chats a comunicação foi rica e pertinente ao conteúdo do curso o que demonstra o comprometimento dos alunos-professores, o que vai de encontro ao que Palloff e Pratt (2004) destacam, que para fazer isto de maneira eficaz, o aluno no ambiente virtual dever ser aberto, flexível, honesto e ter, de fato, vontade de assumir responsabilidade pela formação da comunidade e trabalhar em prol dela.

No ambiente em questão ficou evidente a cortesia e o respeito que deve pautar as relações entre os participantes de uma atividade realizada num AVA como pode ser percebido no que nos é apresentado por Moore (2010, p.178), que identifica como relevante para os participantes de um curso em EAD, apreciação, estímulo e prazer e conveniência de aprender a distância:

Um número reduzido desses alunos mencionou o receio, em parte porque são alunos de pós-graduação bem-sucedidos e experientes.  Louretta disse sentir algum receio e ansiedade: “Achei o curso estressante”; Richard F. sentiu “ansiedade com relação ao projeto final”; Caroline: “me senti perdida” inicialmente. Eles apreciam a atividade de interação aluno-aluno. Caroline: “[gostei de] expressar minhas ideias e de partilhar opiniões com colegas de classe”; Susan também comentou: “Gostei da interação no quadro de avisos pela internet”. Eles gostaram do humor, que ajuda a diminuir a tensão e desenvolver um ambiente alegre, muito propício ao aprendizado. Eles gostaram de variedade, expressa, neste caso, pela apreciação da mescla entre mídias e o número de diferentes palestrantes convidados.

O autor salienta, ainda, que as duas atitudes adultas mais importantes e típicas que essa análise demonstra sejam uma apreciação da eficiência e a valorização de um ambiente de aprendizado agradável.

Após o fechamento da sala não foi realizada uma avaliação processual, porém, é possível perceber durante o diálogo do primeiro chat que houve entendimento da importância do tema e da relevância para a prática docente. Abaixo transcrição de parte do diálogo ocorrido no chat do dia 23 de agosto de 2012, com 45’ de duração:

N1 (professor responsável): Exatamente, e quem sabe aqueles que já sabem possam interagir e ajudar quem não sabe.

A1 (tutor): Por isso eu afirmo é difícil o professor que segue o plano de ensino entregue ao coordenador.

A2: no contexto da aprendizagem nada se perde... Pelo contrário tudo é ganho... Tanto para nós professores como para os alunos.

A2: na verdade para mim o plano é como se fosse um esqueleto... Preciso levá-lo como base... Mas se houver necessidade há como fazer mudanças... Por isso ele não é estático... Em minha opinião.

G1: Planos podem e devem ser modificados.

A1: Para A2: É isso mesmo.

O1: Concordo com A2, o Plano de ensino é nossa base, vamos moldando-o conforme o andamento das aulas.

A1: Pessoal as estratégias também são importantes nesse tópico de planejamento.

N1: É bem como o G1 falou: os planos estão ai para serem modificados, eles são norteadores do nosso trabalho.

A2: Sim... Muitas vezes acabamos por planejar aulas maravilhosas (na nossa opinião) e quando percebemos deixamos passar elementos simples que ajudam na construção da aprendizagem. Isso mesmo o plano é um norte... Direciona-nos a um determinado lugar.

A1: Muitos deles abordam como estratégia apenas: exposição dialogada.

G1: Estratégia é conduzir para o futuro.

G1: Se é preciso alteramos em função de circunstâncias.

Considerações finais

            Como pode ser percebido algumas dificuldades e/ou facilidades devem ser reconhecidas e tornam relevante a formação continuada para o aluno-professor são claras:

Negativas:

O fator tempo é o elemento crítico e deve ser levado em consideração neste cenário específico visto que o aluno-professor na prática docente no ensino superior é na maioria dos casos exercida por profissionais que atuam em organizações dos mais diversos segmentos.

Os chats foram organizados em horário comercial o que implicou em um pequeno número de participantes.

A não realização de nenhum encontro presencial.

A ausência de uma área onde os dados dos participantes pudessem ser utilizados como uma forma de identificação por áreas de atuação ou como uma possibilidade de aumentar a socialização entre os participantes e ainda uma maior integração de profissionais das diversas Unidades da IES.

Positivas:

A possibilidade de realizar a atividade e/ou curso em qualquer lugar e tempo é relevante.

A realização do Fórum, pois é uma possibilidade de participação em qualquer horário mesmo havendo horário para iniciar e para encerrar.

A oferta do Curso por parte da IES, como uma forma de permitir e estimular o aperfeiçoamento técnico e pedagógico.

O que poderia contribuir para aprender mais:

Na estruturação do curso poderia ter sido utilizado uma série de atividades, como por exemplo: portfólio digital, postagem de vídeos e/ou links de artigos relacionados à temática do curso em questão.

A obrigatoriedade de uma primeira mensagem de apresentação contendo um mini currículo de cada participante.

Pelo menos um encontro presencial com a realização de dinâmicas e trocas de experiências entre os docentes-alunos.

Mesmo diante de toda e qualquer dificuldade nota-se uma energia e uma vontade incontestável de progredir na carreira de professor. Indivíduos como estes que participaram deste diálogo apresentam-se prontos para o desafio neste novo cenário e diferentemente do que se espera em diálogo de um chat este se mostrou rico e harmonioso. Os desafios estão presentes na vida diária de todos em todos os campos e para Belloni (2010, p. 256):


As tendências mais prováveis no mundo, hoje, indicam uma convergência das duas modalidades de ensino (presencial e a distância) e sinergias positivas entre elas, com vantagens para ambas: o ensino convencional se beneficiaria com as inovações técnicas e metodológicas trazidas pela EaD e o ensino a distância seria beneficiado pela longa experiência e excelência acadêmica das universidades. Acredito fortemente que a formação de professores a distância, desde que obedeça a critérios precisos de qualidade, pode contribuir para transformar a educação em geral: tanto a qualidade do ensino superior presencial (contribuição, sobretudo metodológica) quanto a expansão com qualidade da escola básica integral, único caminho para a inclusão social da maioria das crianças e adolescentes brasileiros.

Para Belloni (2010) a UAB (Universidade Aberta do Brasil) deve apostar na convergência de paradigmas e seguir criando sinergias positivas com o ensino presencial, ou seja, integrando tecnologia aos processos educacionais. Há uma clara tendência das Instituições em propor e realizar cursos de formação continuada em EaD, e com certeza um dos propósitos na base da questão é: a inserção deste profissional em um novo cenário para prepará-lo para atender as necessidades desta nova geração e auxiliar àqueles que de gerações anteriores prosseguem no campo da educação.

Por fim, tenho plena consciência que o conhecimento continuado é fundamental para a manutenção e perenidade de uma base social sólida e que propiciará o progresso individual e coletivo.

REFERÊNCIAS

BEHAR, Patricia Alejandra (orgs.). Modelos Pedagógicos em Educação a Distância. Porto Alegre, Ed. Artmed, 2009.

BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. 4. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

BELLONI, Maria Luiza. Mídia-educação e Educação a Distância na formação de professores. In: MILL, Daniel. Pimentel; Nara Maria. Educação a distância: desafios contemporâneos. São Carlos:EdUFSCar, 2010. p.245-266.

BERNABÉ, Iolanda. Os professores como aprendizes com as TICs. In: Computadores em sala de aula: métodos e usos; BARBA, Carme, et al. Porto Alegre: Penso, 2012.cap. 4, p. 77 a 83.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Gestão. RJ, Agir, 2010.

ENRICONE, Délcia (org.). Professor como aprendiz: saberes docentes. Porto Alegre: EDPUCRS, 20009.

LÓPEZ-BARAJAS ZAYAS, Emilio. A elaboração de programas inovadores de educação permanente. O paradigma da educação continuada. LÓPEZ-BARAJAS ZAYAS, Emilio, et al. Porto Alegre: Penso, 2012. cap. 2, p.60-83.

MOORE, Michael G. Educação a Distância: Uma Visão Integrada. SP, Ed. Cengage Learning, 2010.

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 4 ed. Porto Alegre: Sulina, 2011.

NAVAS, Maria del Carmen Ortega; ORTEGA SANCHEZ, Isabel Maria Desenvolvimento de competências e certificação. In: LÓPEZ-BARAJAS ZAYAS, Emilio, et al. O paradigma da educação continuada.  Porto Alegre: Penso, 2012. cap. 4, p. 114-135.

PALFREY, John. GASSER, Urs. Nascidos na era digital: entendendo a primeira geração de nativos digitais. Porto Alegre: Artmed, 2011.

PALLOFF, Rena M. PRATT, Keith. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004.

SANCHO, Juana Maria... [et al]. Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2006.




[1] Mestrando do Programa de Pós-graduação em Educação da Escola de Educação e Humanidades-PUCPR, Administrador, Professor Universitário. Especializações: Formação Pedagógica do Professor Universitário-PUCPR e Formação Estratégica de Custos e Preços-PUCPR.

Nenhum comentário:

Postar um comentário